Pontos positivos e negativos do empate do Fluminense com o Juventude




Jhon Arias (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Missão difícil comentar sobre o frustrante empate do Fluminense com o Juventude. Em pleno Maracanã, não dá para aceitar esse tipo de resultado, mas não dá mesmo. Sei que esse tipo de pensamento é condenado por uma parte da torcida que não tem a noção do tamanho do clube, mas isso pouco me importa. De qualquer forma, vi alguns pontos positivos. Poucos, mas vi.

Primeiramente, o Fluminense buscou avançar ao ataque através de boa movimentação, sucessivas trocas de passes bem trabalhadas e rápidas triangulações. Sendo assim, o time frequentou as proximidades da área adversária e até pisou dentro dela em diversas ocasiões. O problema é que a rapaziada pecou bastante na última bola, em especial, os dois laterais: Samuel Xavier e Egídio.

Um outro ponto positivo foi o setor de meio de campo. Nonato não foi brilhante, mas trabalhou bem na armação e na distribuição de passes. Já o Yago deu velocidade e alguns bons avanços. André criou raiz à frente da zaga e mais uma vez cumpriu um bom papel.

Por último, o Jhon Arias não é o camisa dez que o Fluminense tanto necessita, porém, foi o melhor do time. O colombiano se movimenta por todos os lados e procura armar as jogadas de forma inteligente. Não à toa, ele dificilmente erra passes. O gol acabou sendo um prêmio pela boa atuação. Acredito que ele seja uma espécie de “coadjuvante de luxo” de um meia mais avançado, que deveria ser o Cazares, mas…

Infelizmente, o Samuel Xavier perdeu a chance de liquidar a fatura quando o jogo ainda estava 1 a 0 para o Fluminense. Para piorar, o folclórico “gol cagado”, que sempre esteve muito ligado ao Lucca desde a temporada passada, acabou se virando contra através do próprio Lucca, que fez um gol contra, ou seja, o “feitiço virou contra o feiticeiro”. Esse roteiro aí, nem o grande Quentin Tarantino seria capaz de imaginar!

O Marcão demorou na hora de substituir, mas verdade seja dita: os reservas pouco acrescentaram. Só duas jogadas de perigo e olhe lá.

O consolo é que o time está tentando apagar de vez o DNA do anti-futebol inserido pelo Roger Machado no período de março a agosto. Porém, não dá para se contentar apenas com isso. Alguns jogadores não deveriam nem mais ser considerados como opções. A situação da lateral-esquerda tricolor, por exemplo, é um escárnio! Como é que o presidente Mário Bittencourt admite uma situação dessa?

Observações:

– Gostaria de ver novamente o gol do Juventude anulado, mas em outros ângulos, pois a impressão que tive é a de que não houve falta no lance.

– A bola chegou redonda no Fred em apenas duas ocasiões. Na primeira, gol do Jhon Arias. Já na segunda, o Samuel Xavier perdeu a chance de fazer o segundo do Fluminense. É o que sempre comento no YouTube: se colocarem duas ou três bolas no Fred, no mínimo, ele guarda uma ou deixa o companheiro em totais condições de marcar.

– O Samuel Xavier caiu bastante de produção justamente após a lesão do Caio Paulista. Os dois vinham se entendendo muito bem pela direita.

– O que faltou para vencer? Dois laterais, um camisa dez e um atacante de lado construtor. Essas posições são justamente as mais importantes para que o acabamento das jogadas saia bonito.

– A Chapecoense completou três meses sem vitória…

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Forte abraços e ST

Vinicius Toledo