Fluminense recebe homenagem de comunidade judaica por luta contra o nazismo




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O domingo, dia 13 de dezembro de 2015, ficará marcado na história do Fluminense Football Club. A comunidade judaica promoveu uma grande homenagem ao Tricolor pela luta contra o nazismo na segunda guerra mundial, em evento nas Laranjeiras. Além do acendimento das oito velas da Chanukiah, foi inaugurada uma placa que eternizará o momento e a importância do clube na luta por um mundo melhor.

– É o reconhecimento histórico que a comunidade judaica faz ao Fluminense por ser um clube de vanguarda que luta pelas causas certas. Não é à toa que o Fluminense tem a paz citada no hino. O combate ao nazismo orgulha o torcedor tricolor e o resgate desta história é fundamental – disse o vice-presidente de marketing do clube, Leonardo Lemos.

Durante o evento, as famílias dos ex-presidentes David Fischel e Manoel Schwartz foram homenageadas. Integrante do Flu-Memória e um dos principais responsáveis pela ação, Dhaniel Cohen falou sobre a ocasião:

– É muito legal ver tantas famílias que fizeram parte da história do Fluminense presentes neste evento tão simbólico. Esta placa que foi inaugurada reconhece os esforços de guerra que o Fluminense teve contra o nazismo. Alguns clubes pelo mundo também colocam chanukia em sua sede, mas costuma ser apenas por questões políticas. O Fluminense não. Nós somos diferentes. O clube faz para valorizar um momento de sua história. É um capítulo muito especial que estava esquecido e agora será lembrado para sempre nas Laranjeiras.

Também do Flu-Memória, Heitor D’Alincourt, que participou ativamente da solenidade, fez questão de lembrar os esforços do Fluminense:

– Um dia histórico. O Fluminense teve o ato cívico de comprar o combate ao nazismo na visão de Marcos Carneiro de Mendonça, que era o presidente do clube na época. Quando o nazismo estava crescendo no mundo, ele colocou o Fluminense na linha de frente. O clube assumiu o dever cívico perante à pátria, construiu um avião para treinar os pilotos da aeronáutica, colocou o estande de tiro disponível para o exército treinar, promoveu um curso de treinamento de enfermagem. É um dia histórico em que a comunidade judaica reconhece os esforços do Fluminense. É preciso também lembrar Osvaldo Aranha, benemérito tricolor, homem que ajudou na criação do Estado de Israel. O Fluminense é um dos únicos clubes do mundo que se posicionaram publicamente contra o nazismo. Temos que ter orgulho desta história.

Michel Ghelman, do movimento Idish-Flu, que prestou a homenagem ao Tricolor, disse te ficado feliz pela oportunidade de agradecer ao Flu em sua sede.

– Fazemos justiça ao Fluminense hoje não só como um clube de futebol, mas pelo papel da instituição na história. Foram muitas ações fundamentais. Fico até emocionado de estar no clube com minha família, filhos. Agradeço ao Fluminense por ter aberto as portas para que o evento fosse realizado dentro do clube. Felizmente foi um sucesso total.

Mais de 400 pessoas estiveram presentes no evento. Como diz o slogan de posicionamento: “Nós Somos a História”.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Comunicação Institucional FFC / Foto: Ralff Santos

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