Léo leva apelido de “Pelé” desde a base e não se incomoda




Léo Pelé deve retornar ao time titular do Fluminense / Foto: Nelson Perez / FFC

Léo Pelé é uma das grandes revelações do Fluminense em 2016. Pelé? O apelido até que chama atenção, mas o próprio Léo garante que não tem nada a ver com o futebol e sim pela aparência. Bem humorado e não mostrando incômodo com as brincadeiras, Léo conta que o apelido vem desde as categorias de base, quando seus companheiros perceberam a semelhança com o Rei do Futebol.

– Vamos começar a te chamar de Pelé! – afirmaram seus companheiros.

Léo reproduz as palavras dos então novos amigos. E lembra de sua história antes do Flu. Um olheiro o levou para jogar no Litoral, time de um projeto idealizado por Pelé, em Santos. Lá, ganhou o apelido do ídolo. Dois anos depois, o mesmo olheiro foi responsável por sua ida a Xerém. Leonardo Pinheiro da Conceição, já aos 14 anos, chamava atenção por seu porte físico. Mais recentemente, suas participações no time da base começaram a despertar comentários de tipo: “Esse lateral vai logo subir para o profissional”.

O ano de 2015 foi um salto na carreira de Léo Pelé. Jogou praticamente todas as partidas do Campeonato Brasileiro Sub-20 como titular, foi um dos destaques ao lado de Danielzinho e Matheus Pato, e o Fluminense foi campeão. Um título inédito para a categoria. No jogo em que o Tricolor se classificou para a final, Léo fez a festa. Foi contra o Flamengo, em agosto, na Gávea. O Flu venceu por 2 a 0 com excelente atuação de sua equipe. No fim, durante a comemoração no campo dos rivais, ele liderava as brincadeiras. Inventava uma dança, enquanto os outros batiam palmas e gritavam, é claro, o apelido:

– Vai, Pelé! Vai, Pelé! Vai, Pelé!

O departamento de futebol do Fluminense tem certo receio em relação ao apelido. O diretor de futebol Fernando Simone, que é quem lida mais com os jogadores que têm suas origens na base tricolor, revela um cuidado na hora de tratar dos garotos. Para ele, mesmo que pareça algo sem força, chamar determinado menino de nomes de grandes ídolos do esporte gera uma pressão maior sobre eles.

– O Léo já chegou em Xerém com esse apelido. Na verdade, era Pelezinho. Ele chegou como Pelezinho e virou Léo Pelé. Nós, internamente, até chamamos, brincamos. É o apelido dele, e ele não tem tanto problema com isso. Mas é uma carga… Já é difícil para o jogador. A história do Léo Pelé é uma história muito bonita, de dificuldade, de superação, de correr atrás de seus objetivos. Para que vai jogar mais uma dificuldade em cima dele? Quando ele está na base, é uma coisa. Mas quando chega no profissional, em geral o atleta que é comparado a outro, ou que tem apelido, sofre uma carga. Só atrapalha – opinou o diretor de futebol.

Mas, afinal, Léo. É Léo ou Léo Pelé?

– Ah, cara! Tu que sabe (risos). Eu tento tirar, mas não dá. Já pegou, já ficou. Não adianta. Esse apelido vem desde molequinho. Mesmo que falem para tirar, não dá. Começou desde o time do Pelé em Santos, no litoral. Cheguei aqui, e sem os moleques do Fluminense saberem esse apelido, olharam para mim e falaram: “Você parece muito com o Pelé!”. Eu não lembro quem foi, mas uma galera me acha parecido. Eu acho que parece (risos) – diz Léo.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte / Foto: Divulgação