Gramado do Maracanã começa a receber fibras sintéticas; veja imagens




Foto: Marina Garcia / Fluminense F.C.



Obras devem ser concluídas antes das finais do Campeonato Carioca

Com o campo em reforma desde dezembro de 2021, o Maracanã deu mais um passo na implementação do gramado híbrido. Trazida da Bélgica pela primeira vez ao Brasil, em uma viagem de navio de um mês, uma máquina de alta tecnologia iniciou, na última terça-feira (08), a costura de fibras sintéticas à grama natural do local. O equipamento fará 2 milhões de perfurações no solo, uma a cada 2 centímetros, representando de 7% a 10% do terreno. A operação levará entre 13 e 15 dias.

– Desde a Copa do Mundo, quando houve a última reforma no estádio, nunca mais se plantou um gramado. Agora, há uma grama plantada e nascida aqui. Com o reforço das fibras sintéticas, a durabilidade será maior. Temos 70 jogos por ano no estádio. Assim como o atleta, o gramado precisa descansar – disse o CEO do Maracanã, Severiano Braga.

O maquinário ficará em funcionamento contínuo, com duas duplas de técnicos lituanos em revezamento. Depois, o gramado passará por ajustes que concluirão a sua reformulação. A expectativa é de que o Maracanã seja palco das semifinais e finais do Campeonato Carioca 2022, marcadas para o fim de março e início de abril.

– Entregaremos aos atletas um bom gramado, de alta tecnologia. Está dando tudo certo. Quase lá para a saudade acabar e termos o Maracanã lotado, com Flamengo e Fluminense fazendo grandes jogos – completa o dirigente.

Em uso nos grandes centros da Europa, a técnica foi aplicada na sede da decisão da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Com o mecanismo, a grama ganha em qualidade, sustentação e resistência.

– A grama natural plantada por muda, somada à costura de fibras sintéticas, será o sucesso do trabalho, minimizando um problema com o qual sofremos anualmente. A muda possibilita a melhora de drenagem, enraizamento e nivelamento do gramado, mesmo com chuva. Representa um diferencial a nível de uniformidade. A fibra sintética reforça a sustentação da grama, permite que a bola role melhor e dá ao jogador estabilidade, reduzindo o risco de lesão – explicou Paulo Antônio Azeredo, engenheiro agrônomo e diretor da Greenleaf, empresa encarregada da manutenção do gramado do estádio.

As obras começaram no dia 10 de dezembro, dia seguinte ao triunfo do Fluminense sobre a Chapecoense por 3 a 0, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro. Inicialmente, houve a remoção do gramado e o plantio de mudas diretamente no solo para a formação da grama natural. O investimento, custeado pelo Maracanã, é de cerca de R$ 4 milhões.

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Por Explosão Tricolor

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