Eliminação na Pré-Libertadores, postura reativa do Fluminense, mudanças na equipe titular e muito mais: leia a entrevista coletiva de Abel Braga






Abel Braga conversou com a imprensa após o eliminação do Fluminense para o Olimpia na terceira fase da Pré-Libertadores

O técnico Abel Braga concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense por 2 a 0 para o Olimpia (PAR), na noite desta quarta-feira (16), no Estádio Defensores Del Chaco, pela volta da terceira fase da Pré-Libertadores. Confira abaixo todas as respostas do treinador:

Eliminação na Pré-Libertadores

“Estamos desolados. No primeiro jogo tivemos uma ideia muito clara de como o Olimpia joga, que era com cruzamentos para a área. Neutralizamos muitas e muitas vezes essas jogadas, mas no final sofremos dois gols provenientes de cruzamentos.

Lá (no Rio), ganhando o jogo, o Olimpia tinha nos dado contra-ataque. Só que hoje não funcionou. O que normalmente ocorre com naturalidade, hoje encontramos dificuldade muito grande. Em momento algum eles conseguiram chegar com jogada trabalhada. Eles cruzaram, cruzaram e cruzaram e conseguiram dois gols.”

Reclamação contra a arbitragem

“Não sou de ficar criticando a arbitragem. Mas no gol teve falta no Nino antes de ele ser expulso. O gol anulado é simplesmente lamentável, porque nos dava uma vantagem muito grande. Nós sabemos de cor o que aconteceu e estava decoradíssimo. Não cumprimos muito bem a forma de diminuir nas laterais para que não houvesse cruzamento. A zaga cortou 30, 40 cruzamentos, e eles fizeram dois gols.”

Postura reativa do Fluminense

“Nós jogamos mais retraídos justamente por isso. Não pode esquecer que, mesmo com vantagem, entramos com três atacantes de velocidade. Jogadores que tiveram várias vezes o contra-ataque, mas não estavam em uma noite feliz. Sobrecarregou demais os dois volantes. Mas, sinceramente, não dá pra entender muito. A desolação é muito grande. Foram gols sofridos que treinamos muito de quarta pra cá, porque sabíamos que era a forma que usam.

Eu não ia nem botar o zagueiro, mas eles botaram dois caras muitos altos pra cruzar, por isso eu botei o Luccas Claro. Mas foi uma pena, tivemos a chance inclusive do gol, e nós tivemos o azar de errar, no pé do garoto, entrou muito bem, tentou deslocar o goleiro, que defendeu com o pé. Poderia ter sido um pouco melhor, então a desolação é muito grande, porque é um grupo que não tem a satisfação pessoal do individualismo. Eles têm muito comprometimento com o coletivo. Sofrer dois gols, como sofremos, é muito complicado de entender.”

A venda de Luiz Henrique pode ter prejudicado o ambiente da equipe?

“O Luiz Henrique tomou uma porrada muito forte no jogo passado. Daquela maneira, tinha que ser expulso, e não expulsaram o jogador. Ele ficou fora dos treinamentos até segunda, ele até tentou, mas sentiu um pouco, mas ontem fez o trabalho normal.”

Mudanças no time titular

“As mudanças significam que: nos outros jogos eu vinha mantendo uma equipe, em todos os jogos Arias e Martinelli entraram, e a equipe subiu, melhorou. Como hoje nós íamos ter uma postura de usar bem os três atacantes – não funcionou -, mas os jogadores entraram por merecimento. Você falou que era o time que o torcedor vinha pedindo, mas eu tenho que escalar com a minha cabeça. Hoje é muito simples, nós não classificamos. Tem a dor, a decepção do torcedor, que nós lamentamos muito, mas o Martinelli mereceu a titularidade, assim como o Arias.”

A expulsão de Nino influenciou no resultado negativo?

“Por que tem certa influência? O trabalho deles de bola, no nível do meio-campo, é abrir a bola e cruzamento, cruzamento. Não tem triangulação, mas eles são fortes nisso. Você perde jogador que está dentro de jogo, jogando muito bem… Foi pena ficar com um jogador a menos. Você começa a encontrar dificuldade maior pra diminuir nesse jogador que cruza. Quando a bola vinha do lado direito pro esquerdo, nós tínhamos dificuldade de diminuir. Quando vinha da esquerda pra direita, nós tínhamos dificuldade. Porque está com o jogador a menos. Se vem por dentro, você sai, bloqueia, e jogam pro lado. Foi o que aconteceu.

O emocional, por causa do segundo gol, afetou. Conversamos, vamos pros pênaltis, da maneira que treinamos, tranquilo. Eles foram mais felizes. Pelo jogo em si, mereceram, mas aquilo que nos propusemos fazer era o contra-ataque, e eles nos deram, mas nós não soubemos aproveitar.”

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Por Explosão Tricolor

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