Em texto, Walter Casagrande exalta atuação do Fluminense contra o Palmeiras e destaca Ganso: “Melhor jogador do campeonato”






Em sua coluna no portal UOL Esporte, Walter Casagrande publicou um texto sobre o empate entre Fluminense e Palmeiras, no último sábado, no Maracanã. Segundo o comentarista, o duelo foi um grande jogo dividido em três atos. Confira o texto na íntegra:

“Nos embalos de sábado à noite, em pleno e lotado estádio do Maracanã, vimos: O Jogo, O Ganso e A Bicicleta. Esse será um comentário em três atos.

Primeiro ato: O Jogo

Foi uma digna partida de líderes e, na minha opinião, muito melhor do que o empate entre Palmeiras e Flamengo (1 a 1) na semana passada (mas não podemos esquecer que o Dorival Jr escalou o seu time alternativo).

Voltando ao jogo desse sábado: gostei muito da dinâmica e da intensidade do jogo, principalmente do Fluminense, que encarou o líder de frente, mostrando que estava a fim de acabar com invencibilidade e diminuir a distância de oito para cinco pontos. Na minha opinião, o time do Diniz dominou a maior parte do jogo, principalmente no segundo tempo, quando veio mais seguro e mais confiante.

Quando tomou o gol do Rony, o Fluminense sentiu um pouco e começou a errar muito na saída de bola, colocando em risco o resultado. Mas pouco a pouco foi voltando ao jogo e chegou ao empate de cabeça com o zagueiro Manoel — que, aliás, jogou muito bem.

O Fluminense chegou muito mais perto da vitória do que o Palmeiras. As alterações do Abel Ferreira não deram certo, ou seja, não funcionaram como ele esperava. Mas eu não tiraria o Rony e nem o Dudu, porque eles assustam a defesa adversária e são as válvulas de escape quando o time está sendo sufocado. Sem eles, a bola ia e voltava. Dessa forma, a sua equipe ficou sendo empurrada para trás.

Segundo ato: O Ganso

Está jogando muita bola nesse ano, fazendo partidas incríveis, sendo o grande maestro desse time do Fernando Diniz. Passes precisos e infiltrações perigosíssimas na área adversária, como fez no segundo tempo, desviando um cruzamento baixo do Arias na trave. Está se posicionando muito bem em todas as partes do campo e conseguindo clarear as jogadas com muita facilidade para os seus companheiros.

Eu acho o Ganso o melhor jogador do campeonato, é aquele que mais gosto de ver jogar. Sempre fui fã do seu talento e torci muito para ele voltar a desfilar toda a sua classe em campo. Porque é assim que Paulo Henrique Ganso joga, como se estivesse na passarela mais importante da moda — e assim é o Maracanã para o futebol.

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Terceiro ato: A Bicicleta

Que golaço do Rony! Acho que podemos dizer que foi o verdadeiro gol de bicicleta: longe do gol, com movimentos do corpo e das pernas perfeitos na hora da batida. Fazia tempo que não via um gol assim por aqui. Porque, na verdadeira bicicleta, o jogador precisa ficar com o corpo totalmente paralelo ao gramado. Acontecem muitos golaços parecidos mas, na maioria das vezes, o corpo fica um pouco de lado. Esse do Rony foi perfeito!

Algumas semanas atrás o Messi fez um gol que chamaram de golaço de bicicleta. E aí me desculpem os fanáticos pelo argentino, mas não chegou nem perto da beleza dessa bicicleta do Rony. Só para deixar claro para os oportunistas de plantão: não estou comparando o Rony com o Pelé, porque seria um absurdo da minha parte. Mas, sim, o gol foi de Pelé.

O que vimos no sábado à noite no Maracanã foi de Pelé. E eu continuo achando que o Palmeiras não perde esse título para ninguém”.

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Por Explosão Tricolor

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