Em entrevista, Fernando Diniz fala sobre a decisão do Carioca, estilo de jogo, Seleção Brasileira e muito mais; leia a íntegra




Fernando Diniz (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)



Comandante tricolor foi entrevistado pelo canal “Entre Linhas Futebol Debate”

Na tarde desta segunda-feira, o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, concedeu entrevista exclusiva ao canal “Entre Linhas Futebol Debate“. Leia a íntegra abaixo:

Possibilidade de assumir a Seleção Brasileira 

“Quanto a estar pronto, já me perguntaram isso outras vezes. A minha preocupação é sempre estar pronto para aquilo que me acontece no próximo convite. Se um dia isso acontecer, eu vou saber responder de uma maneira bastante correta. Mas eu não fico pensando na Seleção. Eu fico pensando no Fluminense. A minha seleção hoje é o Fluminense. Então, não fico muito vislumbrando isso. Na minha carreira tem a naturalidade para as coisas acontecerem.”

Decisão do Campeonato Carioca contra o Flamengo

“Eu não sei até que ponto vai mudar muito a conquista do estadual. É uma conquista totalmente aberta. Com dois times que chegam em igualdade de condição por motivos diferentes, além de ser um clássico muito tradicional. Na final da Taça Guanabara, o jogo foi muito parelho. Ganhamos no final. Tem tudo para ser uma grande decisão. Mas quando esses títulos se consumarem que vou disputar para frente, pode ser que mude o olhar de algumas pessoas. Mas pode ser que aconteça, vão sempre querer mais.”

Estilo de jogo

“Para a minha alegria tenho que trabalhar mais que os outros. É um sistema aberto e que tende ao infinito, não tem onde parar. Está sempre insuficiente, tem que sempre que melhorar alguma coisa. Quando nos deparamos com grandes treinadores, que criam dificuldades, é a chance não de você não retroceder, mas melhorar a ideia para que ela consiga avançar. O que eu tive na minha cabeça sempre foi fazer um trabalho para desenvolver as capacidades jogadores. Isso não é uma coisa que tem fim, você pode ajudar infinitamente conforme você consegue ajudar. Mas temos limitações, mas o que podemos ajudar não tem fim. O esquema tático está lá para ajudar os jogadores.

Só é bom quem ganha o jogo, o campeonato. Esta cultura nos faz perder, talvez, muito dos nossos melhores jogadores. Não é o mais talentoso que vai conseguir vingar. É quem consegue administrar essa pressão cruel que é o futebol.”

Trabalho com o volante André

“O André é um dos jogadores que já trabalhei que tive a conexão mais rápido. Já tinha feito um ano muito bom antes de eu chegar, sido eleito revelação do Brasileiro. Quando cheguei, estava um momento difícil de eliminação da Libertadores e ele tinha feito um jogo não muito bom contra o Coritiba. Mas a minha conexão com ele foi instantânea. Jogador de extrema capacidade, tem muita força, exagerada, muito bem dotado fisicamente.

Tem muito boa técnica, principalmente para o jogo curto, e ele na minha opinião é um dos melhores jogadores do futebol brasileiro. Está longe de ter o ponto de parada, platô, de desenvolvimento. Jogador para jogar duas Copas do Mundo, quando for para a Europa vai ficar, construir carreira. André tinha muitas coisas para desenvolver, e o jeito de jogar foi colocando ele em situações que o desenvolvimento aconteceu de maneira mais rápida. Além de marcar, que joga muito bem, tem controle da bola, do espaço… Está no início de uma trajetória brilhante no futebol.”

Possibilidade de escrever um livro

“Não (risos)… Acho que o PVC que lançou essa ideia num blog que ele escreveu, de uma vontade que ele teria que eu escrevesse um livro. Hoje não tenho, na minha cabeça, prioridade de escrever um livro. Quem sabe no futuro, pode acontecer, mas não passa pela minha cabeça escrever livro, não.”

Caso Veiga e importância de psicólogos

“Já indiquei alguns (a ter psicólogos), mas que levei diretamente foi só o Raphael (Veiga). O Veiga é um jogador que foi formado no Audax do Morumbi quando ele era do grupo Pão de Açúcar. Acho que fui o primeiro treinador dele que o trouxe para treinar no profissional. Acho que ele tinha 16 ou 17 anos. Eu o conhecia bem. Ele foi para o Coritiba, depois foi para o Palmeiras e nos reencontramos no Athletico-PR. Ele é um menino diferente, vocês percebem pela linguagem e educação, tem os pais muito presentes e um irmão também.



Por Explosão Tricolor

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com