O recomeço numa temporada que se inicia




Estimados leitores. Finalmente começou a nossa temporada. Acabou a cansativa e irritante etapa de amistosos na Rubensliga e na Primeira Liga. Agora é Rubensliga e Primeira Liga, valendo Taça.

Desde a Flórida Cup, até a demissão do Eduardo Baptista, o que vimos foi um Fluminense mais do mesmo, com altos e baixos, com maior declínio para as derrotas, com inúmeros testes que não nos levaram a lugar algum.

Lamentavelmente tem sido assim desde o início de 2013, onde não acertamos nem nos jogadores, nem nos treinadores e nem nos treinos. Tanto é verdade que o Levir disse que foi só exigir um pouco mais dos jogadores logo nos treinamentos iniciais para alguns se lesionarem e sentirem.

E disse que os jogadores ainda estão em ritmo de pré-temporada, restando evidente que o time não treinou nada lá na Terra do Tio Sam. Se a questão é de condicionamento físico, forma, fora de forma ou desleixo ou descompromisso de alguns atletas, veremos daqui para frente, com clareza.

Recomeçamos do zero, em todos os sentidos, sendo que, à partir de amanhã disputaremos à vera, com um treinador que, logo de cara, mostrou que entende, e muito, de futebol.

Nem de longe comentarei sobre a partida contra o Criciúma, pois ela não é parâmetro para nada em termos de análise e avaliação de um trabalho, de evolução técnica, tática, de condicionamento físico ou encaixe de time ou de jogadores, porque exíguo é tempo do novel treinador no comando.

Porém, focarei naquilo que mais me chamou a atenção, fora de campo, com reflexos no resultado da partida, coisa que não via desde os tempos do Abel: atitude com concisão e conhecimento de causa.

Multifárias foram às críticas, antes do resultado, sobre a escolha do treinador de mandar a campo um time quase que reserva, para jogar uma partida que, “em tese”, já tinha características de decisão, pois poderia representar o primeiro fiasco do ano em caso de eliminação. O próprio Levir disse isso. Mas porque ele escalou um time quase que reserva numa partida importante?

O Levir mostrou que, não só sabia o que estava fazendo, como também revelou conhecer muito bem as características de cada um dos nossos jogadores: não inventou, não improvisou: colocou cada um na sua posição e, com pequenos ajustes, montou um time competitivo e com qualidade, mesmo recheado de “reservas”.

Gerson chegou a jogar futebol, de verdade, com algum treinador ou alguém viu o cara correndo que nem na partida contra o Tigre de Santa Cantarina? Eu só vi com o Levir, e ainda ouso dizer que foi a primeira vez que vi o Gerson jogar, decentemente. E o Jonathan? Idem. Espero que o Osvaldo também jogue (rs.)

Qualquer outro treinador iria entrar em campo com força máxima, jogando a responsabilidade e a pressão para os jogadores, lançando o peso e a importância de uma classificação para “tranquilizar” o trabalho e o ambiente.

Fez o contrário: tirou qualquer tipo de pressão, dando a maior tranquilidade aos jogadores, já mandando o recado de que “quem escala o time sou eu”.

Já sabendo que o Criciúma viria com meio time reserva, com jogadores querendo mostrar serviço numa partida cuja pressão seria zero para o lado deles e toda para nós, o Levir com sua calma inerente faz o mesmo, colocando os reservas do Fluminense, com alguns titulares, meio que mandando o recado que “para essa partida, eu preciso de apenas disso”.

Não vejam, estimados, como arrogância, prepotência ou eufemismo ou ainda, excesso de euforia da minha parte em relação ao treinador, e sim sobre os pequenos detalhes que um cara que conhece futebol pode fazer, de inopino, quando tem um mínimo de jogadores com qualidade nas mãos, coisa que temos.

A “mágica” do Levir ficou clara quando o gol contra do Gum, que aconteceria com qualquer outro treinador em qualquer outra partida para o nosso desespero, virou corte da zaga rechaçada pela defesa. Deu moral para todos os jogadores, o que é a propedêutica para o resgate da confiança de qualquer atleta e equipe como um todo.

Agora chegou a hora de visualizarmos o que virá pela frente: onde poderemos chegar? De que forma? Com quais jogadores? Qual será a nossa meta real no Brasileirão vindouro? As respostas virão à partir de amanhã.

Rápida Triangulação:

– Considero Juiz de Fora o melhor lugar para mandarmos jogos fora do Estado do Rio de Janeiro: nosso retrospecto lá é excelente, ao reverso de Brasília, onde nosso melhor resultado foi um empate em um a um com o Bahia, sendo o restante composto por derrotas vexatórias, dentro de campo e nas arquibancadas. Claro que não foi quase ninguém na partida contra o Criciúma. Todavia, quem compraria ingresso sem saber onde o time jogaria no dia

– Gostei muito do nosso uniforme. A Dryworld, ao meu ver, deu um banho na Adidas em todos os aspectos, principalmente no trato com o torcedor e na ambição de enxergar o Fluminense com uma empresa que pode lhe trazer bons frutos. Torcedores tricolores de todas as idades, está na hora de mostramos a cara, seja se associando ao mais singelo programa de sócio futebol, seja adquirindo os novos uniformes, pois agora temos camisa, time e treinador.

– Centro de Treinamento: e depois? Estimados, entrarei em breve num tema bem polêmico sobre os mitos do Tombamento, pois bem tombado pode ser destombado, sendo que já cumprimos todos os requisitos para tanto. Laranjeiras é o futuro; possível, real, factível. Não precisa de numa obra suntuosa. Temos a nossa casa ali, dando bobeira. O resto é conversa.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

Foto: Fluminense FC

Siga-nos no Twitter e curta nossa página no Facebook

INSCREVA-SE no nosso canal do YouTube e acompanhe os nossos programas!

SEJA PARCEIRO DO EXPLOSÃO TRICOLOR! – Entre em contato através do e-mail: explosao.tricolor@gmail.com