
“Já faz parte do calendário do futebol brasileiro para os técnicos. Pode ser um, dois, três meses. Tem que mudar isso. Trabalhamos por resultado. Se houver consciência disso, de que o time pode render mais do que rendeu, é possível que eu me mantenha empregado até o fim do ano. Sinceramente? Vamos ter que trabalhar juntos, fechar com a torcida… Ainda está muito longe do que eu já vi do Fluminense”, disse Levir Culpi, após o empate do Fluminense com o Botafogo, sobre a necessidade de apresentar resultado de imediato.
Pois é, fiz questão de iniciar a coluna de hoje com essa declaração do nosso novo comandante. Ninguém aqui é iludido ou idiota. Sim, estamos traumatizados com tudo que ocorreu nos últimos três anos. O Fluminense abusou de errar de 2013 para cá. Só um alienado não admite isso.
A chegada do Levir Culpi pode não ser a salvação da lavoura, mas pode representar o resgate da dignidade do Fluminense nos gramados. Pressioná-lo agora seria tiro no pé. Ok, o Fluminense não esteve bem no duelo de ontem. Culpa do Levir? Claro que não. Rodar o elenco todo é algo mais do que justo para quem pegou um time cheio de vícios e acostumado a jogar em marcha lenta.
Ontem, nos primeiros quinze minutos de jogo, vi um Fluminense bem fechado, com os setores jogando bem próximos uns dos outros e o time contra-atacando com perigo. Bastou o Botafogo adiantar a sua marcação para dificultar a nossa vida. E dificultou mesmo, entretanto, não sofremos grandes ameaças.
Na segunda etapa, o sistema defensivo voltou a aprontar das suas. É inadmissível que o brucutu do Airton tenha caminhado lentamente livre até a linha de fundo do lado esquerdo da nossa defesa e cruzado a bola que originou o gol do Botafogo. O Wellington Silva cortou mal, mas a defesa estava totalmente desarrumada.
Montar um sistema defensivo sólido será o maior desafio do Levir Culpi à frente do Fluminense, ainda mais tendo a “Avenida Giovanni” na lateral-esquerda. O futebol anda muito equilibrado, a maioria dos jogos são decididos nos detalhes. Uma coisa é levar um gol por mérito do adversário, outra é levar por sucessivas falhas da defesa. Por mais que eu não gostasse do trabalho do Eduardo Baptista, com ele não era diferente. O Fluminense andou sendo derrubado em muitos jogos por causa destas falhas que acabam comprometendo toda uma campanha. Nesta brincadeira, perdemos a vaga mais fácil da história para a final da Copa do Brasil do ano passado.
Por sorte, conseguimos arrancar um empate na bacia das almas. O mais legal é que tenha sido com o Gum, um cara que tem uma belíssima história no Fluminense, mas que muitos torcedores deixaram de respeitá-lo há tempos. Não serei hipócrita agora de dizer que ele é “o cara”, e que tem que ser titular absoluto, pois estaria indo contra a minha vontade. Mas não posso deixar de valorizar e comemorar este momento do nosso bravo guerreiro da camisa 3. É muito legal vê-lo ressurgindo das cinzas. Tem que respeitar. E muito!
O momento requer calma e paciência para que o Levir Culpi possa trabalhar este elenco na santa paz. Depois de alguns anos, pela primeira vez, teremos um treinador de peso tendo uma semana inteira livre para trabalhar o elenco do Fluminense. E isso me dá uma esperança de que dias melhores virão.
EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:
1 – É duro ver uma meia-dúzia de tricolores torcerem nitidamente contra o Fluminense por causa de política. Esse tipo de atitude me dá vontade de vomitar.
2 – Acho que o Gerson já merece ser titular. E o Diego Souza tem que sentar no banco.
3 – Os retornos do Fred e Richarlison deixarão o ataque afiadíssimo.
4 – Com o Giovanni não dá. Espero que o Levir já tenha percebido. Temos que apoiar o Léo Pelé. Acho que com uma sequência de jogos, e o time mais ajustado, o garoto conseguirá assumir bem a lateral-esquerda.
Saudações Tricolores!
Vinicius Toledo / Explosão Tricolor
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