Fluminense terá aporte de R$ 208 milhões em até dois anos e já faz planos




Foto: Infoesporte (Divulgação)



Não chega a ser o valor de uma SAF, mas a assinatura do contrato da Liga Forte Futebol (LFF), para a venda de 20% dos seus direitos de TV do Brasileirão por 50 anos, representa um alívio parecido para muitos clubes do modelo associativo. Entre eles o Fluminense.

O Tricolor vem conseguindo manter os salários em dia na carteira de trabalho (CLT) com jogadores e funcionários, mas direitos de imagem, premiações de atletas, parcela do 13º e remuneração de pessoas jurídicas (PJs) têm sofrido com atrasos. Os problemas financeiros do clube vêm de anos, e a situação continua delicada. Mas o aporte de R$ 208,3 milhões que o Fluminense irá receber até o fim de 2024 dará um grande respiro aos cofres das Laranjeiras, segundo o portal ge.

Após a assinatura na reunião dos 26 clubes da LFF na última sexta-feira, em São Paulo, o Fluminense já começa a fazer planos para o uso da verba. A diretoria planeja destinar parte da receita para pagamentos de dívidas (o passivo atualizado tricolor é de R$ 793,3 milhões) e parte para os investimentos no time, que já vêm aumentando nos últimos anos: a folha salarial do futebol já foi de R$ 3,5 milhões em 2019 e hoje gira em torno de R$ 8 milhões.

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Da quantia que o Fluminense terá direito, pouco mais de R$ 40 milhões já serão pagos em uma primeira parcela nos próximos dias. A entrada desse valor de forma imediata deve permitir ao clube não precisar vender nenhum jogador do time titular na janela de transferências do meio do ano. Assim, o presidente Mário Bittencourt possivelmente cumprirá a promessa feita em maio, quando garantiu a permanência da equipe até dezembro para disputar títulos.

Como funciona a venda dos direitos?

Os times da LFF venderam 20% dos seus direitos de TV do Campeonato Brasileiro para os investidores Life Capital Partners e Serengeti Asset Management pelos próximos 50 anos, a partir de 2025. Ao todo, serão aportados R$ 2,35 bilhões nos clubes, sendo cerca de R$ 500 milhões na primeira parcela com um adiantamento feito pela XP Investimentos.

Para a definição da cota que cada clube irá receber, foi levado em consideração o número de participações de cada equipe nas Séries A e B na era dos pontos corridos (desde 2003), com os maiores valores sendo pagos às agremiações que mais permaneceram na elite nesses 20 anos. Clubes que não estão na LFF ainda poderão aderir à liga, se assim desejarem, até o início da comercialização dos direitos comerciais, que será feita em bloco.

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– A formação do bloco da LFF é um passo fundamental para a redução dos desequilíbrios financeiros que afetam a competitividade do futebol brasileiro, com impactos diretos na qualidade do espetáculo e em sua atratividade comercial. A partir desse passo decisivo, continuaremos buscando a formação da Liga Unificada, seguindo as melhores práticas do mercado global. Nossa visão é transformar a Liga Brasileira em uma das três maiores ligas do mundo e devolver ao futebol de nosso país o brilho que o consagrou – disse o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, ao site oficial do clube.

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Por Explosão Tricolor

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