Traficante famoso na Argentina é identificado em confusão na partida entre Fluminense e Argentinos Juniors






Um dos argentinos presos em flagrante por racismo no estádio do Maracanã, na partida entre Fluminense e Argentinos Juniors, pela Libertadores,, teve seus momentos de fama em 2020, em seu país natal.

Alejandro Ivan Fresenga Umpierrez estava detido, por tráfico de drogas, quando houve uma rebelião no presídio na Villa Devoto, em Buenos Aires, em 24 de abril daquele ano. Os detentos exigiam medidas contra a Covid-19, no início da pandemia.

No telhado da cadeia, junto com outros detentos, ele apareceu sem camisa, com uma barra de ferro na mão e com uma camisa cobrindo o rosto. A semelhança física com o personagem Pantera, da série “El Marginal (“O cara de fora”, na versão em português), viralizou na internet.

“Parece que Pantera segue com vida! Foi encontrando na prisão de Devoto!”, postou uma página não oficial de fãs da série.

“O Pantera de El marginal existe e participou de uma rebelião”, escreveu outro usuário.

Alejandro chegou a dar entrevistas ao deixar a cadeia e fez questão de dizer que, ao contrário do que haviam publicado, não estava preso por estupro, mas sim por tráfico de drogas.

Vídeo mostra argentino em briga

Alejandro foi preso junto com outros torcedores do Argentino Juniors. Além dele, outros dois foram flagrados por discriminação racial. Os três passaram por uma audiência de custódia e vão responder em liberdade, mas não podem deixar o país.

Segundo depoimento de um PM, Alejandro imitou macaco e o chamou de “macaquito”.

Um segurança afirmou na delegacia que a confusão começou quando um torcedor argentino jogou um copo com líquido na torcida do fluminense. Segundo o relato, os seguranças que vieram retirá-lo foram agredidos e um deles foi ferido no supercílio por uma lata arremessada.

Policiais do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (Bepe) apareceram e reagiram com violência.

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Nos dois vídeos, aparece um homem que parece ser Alejandro Fresenga. No primeiro, ainda com uma camisa branca, em meio à briga com policiais. Um deles dispara um tiro de borracha na direção do homem, que parece sentir o impacto.

No segundo, sem camisa, também parece ser ele o homem agredido pelos PMs com cassetetes. Em seguida, é levado como se estivesse detido. Não há confirmação, no entanto, que seja Alejandro.

No setor Leste Superior, outro torcedor identificado foi preso suspeito pelo crime de dano. Foi feito um acordo e a Justiça determinou o pagamento de uma multa.

O que dizem os citados

A Secretaria de Polícia Militar informou que o Batalhão de Boliciamento em Estádios está analisando as imagens para avaliar a conduta dos policiais e que foi necessário usar armamento de menor potencial letal para acabar com o tumulto.

A equipe de reportagem não conseguiu contato com a sunset – a empresa de segurança – nem com o consórcio que administra o estádio.