Reflexões pontuais sobre o jogo de ontem




Estimados leitores. Essa não é a minha coluna do dia, eis que para os que me honram sistematicamente, acompanhando as minhas explanações por aqui e sempre participando com ótimos comentários e sugestões, o meu próximo tema é sobre o mito do tombamento do Estádio das Laranjeiras que, sob esse falso dogma, nos impede de fazer reparos e voltar a mandar jogos por lá.

Entrementes senti a necessidade de vir aqui, rapidamente, suscitar alguns pontos sobre o jogo de ontem, pois o meu messenger não parou ontem e hoje, pela manhã, sendo certo que, via Explosão Tricolor, fica bem mais fácil conferir a devida atenção a todos vocês.

A evolução do time é evidente e o trabalho do Levir já começa a mostrar a sua cara.

Sinceramente, ao menos por enquanto, não estou preocupado com a quantidade de empates contra os times grandes, desde a chegada do nosso treinador, posto que anteriormente a sua chegada perdemos para o próprio Internacional na Florida Cup, bem como para Flamengo e Botafogo. Abissal, positivamente, o Fluminense de hoje para o do início da temporada.

Sim, do início da temporada, pois, ao reverso do chororô do técnico Muricy Ramalho, querendo justificar o injustificável, colocando a culpa no “desgaste dos jogadores por causa das viagens”, o nosso time vem passando muito mais perrengue do que o dele e apresentando evolução frente a uma torcida que não comparece, a sistemática crítica da imprensa, pois não tempos apoio da mídia, sucessivas viagens e ainda temos que conviver com os acontecimentos de inopino que, eternamente, pairam nas Laranjeiras, como a repentina saída do Diego Souza. O fator campo vai fazer muita diferença do Brasileirão, sendo que, nesse ponto, Atlético Mineiro, Corinthians e Palmeiras, por terem bons times, saem e muito na frente dos demais. Precisamos definir nossa casa, com urgência.

Noutro giro, gostaria e muito que alguns diferenciassem a crítica que eu costumo fazer em relação a alguns atletas em campo, enquanto sua produtividade para a equipe e eficiência, da crítica à pessoa do atleta.

Sim, no momento falo sobre o quanto ganhamos com a saída do Diego Souza e do Fred do time, nos duelos contra os times da Série A. Para o campeonato carioca, pode escalar o segundo numa boa, sendo que a saída do primeiro não nos fará falta.

Mas para a partida decisiva contra o Atlético Paranaense, cujo mando de campo será nosso, sinceramente estou muito otimista pelo fato de jogarmos sem o Fred na grande decisão.

Não me surpreende a evolução do Osvaldo e, até mesmo do Gum com o Levir Culpi, pois ele, como já disse várias vezes, é mestre em ressuscitar atletas.

E olha que eu sempre caí de pau nesses dois atletas, até mesmo cogitando do segundo vir a ser banco ou do Marlon ou do Renato Chaves.

Fato é que, gostemos ou não, até agora Gum e Henrique se encaixaram melhor do que outras formações e o Osvaldo, para nossa alegria, está voltando a ter aquela confiança para fazer jogadas individuais, com bons dribles e pasmem, fazendo gols importantes.

Ele vem evoluindo a cada partida, assim como o Jonathan, que calou a boca dos críticos, ficando um bom tempo se cuidando e treinando forte, para chegar agora e praticamente tomar a posição, mas com muita facilidade. Não sai mais do time, só por lesão, o que espero que nunca aconteça. O cara tem técnica, agilidade, força e velocidade, e uma boa marcação.

Jogadores como Fred, Felipe Amorim e Giovanni, só deveriam voltar ao time quando estivessem cem por cento, para suportar o nosso esquema de jogo montado pelo Levir, se é que os dois últimos serão titulares algum dia, o que sinceramente não acredito. Michel Bastos para lateral esquerda? Aceito, claro.

Ora, em relação ao primeiro, não é de hoje que o Fred engessa o nosso time. Existe futebol sem FREDBALL e estamos vendo isso. O que não dá é para fazer como fizemos no fla-FLU, em outros jogo ou clássicos decisivos na Rubensliga: colocar o Fred meia boca, cujo corolário lógico é ou ser substituído ou estagnar o time e perder ou empatar.

O Fluminense vencendo e no topo é muito mais importante do que a idolatria cega ao jogador, na boa. Idolatro Romerito, o saudoso Ézio, o Assis, o Bobô pela passagem de 1991, o Branco, o Jandir e tantos outros jogadores importantes. Entretanto, quando estavam mal ou com rendimento muito abaixo do normal, eram sacados do time ou iam para o banco: qual o problema? Drogba, Totti, Van Persie, Rooney, etc., todo já foram para o banco várias as vezes, qual o problema em relação ao Fred? Como está suspenso para decisão, ganha o Fluminense no momento.

Ressalto: o Fred sabe jogar fora da área, sem o FREDBALL: vimos isso em 2010, 2012 e na Copa das Confederações de 2013, no jogo memorável contra a seleção da Espanha. Injusto tanto com o torcedor, quanto com o próprio Fluminense, sacrificar várias temporadas só para o cara pensar em sonhar em chegar perto do Waldo em termos de artilharia. Não rola, não pode rolar, o Fluminense vive de títulos e conquistas, com jogadores em destaque, como o próprio Fred já foi, e não para ficar em função de um atleta. Vale reflexão, sendo que com o Levir, se tiver que ficar no banco, vai ficar mesmo.

Se tivéssemos jogado o clássico contra o Flamengo sem o Fred, talvez tivéssemos até vencido a partida. Quero o Fred de 2012, de 2013, e para isso, o cara precisa ficar mais tempo treinando. Não foi assim na Flórida Cup até ele se machucar? Aproveite a Rubensliga para entrar em forma, e isso vale para todos os que estão de fora, inclusive o Edson, que vem rendendo muito abaixo do que pode render.

É o que eu sempre digo: gostemos ou não o Fred está mal e Fred mal não nos serve. Isso significa que sou “ingrato”? Não, nem de longe. Significa que o meu Fluminense é maior do que ele e que é ele quem tem que se adequar a proposta de jogo do Técnico Levir, e não este engessar o time para se adaptar ao esquema de jogo daquele que, desde a era pós Abel, não nos levou a lugar nenhum.

Estamos com a faca e o queijo na mão para levantarmos o primeiro caneco do ano, galera! Pensem nisso, e curiosamente sem o Fred. Algo a ser pensado. Por ora, temos que ir de Osvaldo, Marcos Junior, Scapa, W. Silva e Jonathan, em todos os jogos, colocando os “fora de forma”, no segundo tempo, quando estiverem aptos.

Um atleta vem me irritando: Felipe Amorim: outro que vinha de lesão, vem mostrando muito estrelismo e pouco futebol. Ora, se o cara volta de lesão e resolve bater o pênalti decisivo (se tivesse marcado, terminaria a série), na boa, tem que fazer.

Bata com segurança no meio do gol, como uns dois do Internacional fizeram. Não venha de firula, porque se o Cavalieri não tivesse se redimido da falha primária no rebote de um chute frontal, coisa que nem Fernando Henrique fazia (defenderia estilo futsal, com o pé), catando dois pênaltis, nossa classificação poderia ter ido embora.

Puxão de orelha em todos eles, Levir, porque a sede por título é grande.

O esquema de jogo com Osvaldo, Marcos Junior, Scarpa, acrescido dos apoios de W Silva e Jonathan, para o momento atual, ao meu ver, devem ser mantidos, pois já sabemos que o time do Atlético Paranaense é veloz. E só com velocidade equilibraremos o jogo e, com os talentos individuais dos nossos atletas, poderemos ter um final feliz, já em abril.

Tenho que admitir que, na partida de ontem, o Pierre marcou muito bem. Se for para jogar sempre assim, aceito vê-lo como titular, como venho aceitando o Gum.

Magno Alves: creio que não deve começar jogando, e sim, entrar no segundo tempo, pois ele só joga, deixando a sua marca, quando isso acontece.

Vamos que vamos, pessoal, pois se levantarmos o caneco, e vamos levantar, poderemos fazer dois grandes feitos inéditos, de uma só vez: a) ser campeão com o Gum em competições de mata-mata de âmbito Nacional, coisa que nunca aconteceu; b) acabar com essa marra do Internacional no sentido de  ser “campeão de tudo”.

Rápida Triangulação:

– Pelo amor de Deus, diretoria: não mande mais jogos no Mané Garrincha! O Fluminense só perde quando joga lá, sendo que agora somamos dois empates na novel arena: um contra o Bahia e outro contra o Internacional ontem.  

– A decisão, indene de dúvidas, tem que ser em Juiz de Fora, pois lá o nosso retrospecto é fenomenal, sendo certo que nossa torcida é muito grande! E uma caravana para lá seria muito show e bem mais fácil para o torcedor em geral, do que pegar um voo para o Distrito Federal.

– Mais tarde ou pela manhã de amanha, preparem-se para estudar um pouquinho de direito administrativo por aqui, eminentemente didático e voltado para o Fluminense, ou melhor, Laranjeiras.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor 

Foto: Nelson Perez / Fluminense Football Club

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