Em texto, Gilmar Ferreira analisa vitória do Fluminense sobre o Olimpia e projeta jogo de volta




John Kennedy (FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)



(por Gilmar Ferreira / Jornal Extra)

A simples entrada de John Kennedy no lugar de Lima modificou a forma e o jeito de jogar do Fluminense, que é para mim, atualmente, a melhor versão do time de Fernando Diniz.

Foi a única mudança com relação à formação que venceu o Argentinos Juniors no Maracanã no jogo de ida das oitavas-de-final, igualmente por 2 a 0.

A atuação do time correspondeu à expectativa dos torcedores que lotaram o estádio e a bonita festa que os mais de 60 mil tricolores fizeram no estádio pareceu magnetizar os jogadores.

A linha com Samuel Xavier, André, Ganso e Diego Barbosa soube ocupar os espaços no campo do Olímpia, e fez com que o quarteto Keno, John Kennedy, Cano e Árias infernizasse os paraguaios.

E foi, com isso, a melhor atuação de Keno, que pela primeira vez fez, sob minha ótica, uma partida comparável com a de seus melhores momentos por Palmeiras e Atlético-MG.

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Aberto na esquerda, tal como Árias pela direita, Keno acertou cinco dos sete dribles tentados, ganhou sete das nove disputas de bola no chão e participou dos dois gols, de André e de Cano.

O time paraguaio repetiu a estratégia empregada no confronto em que perdeu para o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã. Mas desta vez a compactação tricolor impediu as subidas ao ataque.

E quando Arce pensou que o cansaço aliviaria a pressão tricolor, Diniz trocou Felipe Mello por Martinelli, passou André para a zaga, manteve as rédeas do jogo e teve chances de fazer mais gols.

Deveria, inclusive.

Porque o jogo da volta, na semana que vem, será em ambiente distinto, contra um adversário que que joga sob comoção nacional, explora a boa estatura de seus jogadores e a pressão dos torcedores.

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E o retrospecto mostra a dificuldade que o Fluminense tem encontrado para encaixar o jogo fora de casa. Nos dez últimos como visitante, não conseguiu mais do que dois empates.

Menos ruim que oito jogadores tricolores estavam no duelo da Libertadores de 2022. Na ocasião, o Olímpia devolveu a derrota por dois gols de diferença – 3 a 1 no Rio, e 0 a 2 em Assunção.

Tomara que Diniz saiba como dar mais este passo…