O mesmo de sempre

(por Vinicius Toledo)

No último dia de 2023, o noticiário esportivo repercutiu a eleição do “Rei da América” realizada pelo tradicional jornal “El País“, do Uruguai, desde 1986. Conforme comentei no meu último texto, a referida premiação é considerada a mais importante da América do Sul, uma espécie de “Oscar” do futebol.

Germán Cano foi eleito o “Rei da América”, Fernando Diniz levou o prêmio de melhor treinador e o Fluminense emplacou quatro jogadores na seleção dos melhores. Até aí, ok, porém…

Pois é, alguns veículos de comunicação repercutiram a eleição do “Rei da América” de forma tímida, diria até que a impressão passada foi a de tentar apequenar o sucesso do Fluminense. E o meu pensamento é baseado nas manchetes dos resultados das eleições das edições de 2019 e 2023 publicadas pelo portal Globo Esporte:

2023: “Germán Cano, do Fluminense, é eleito o Rei da América por jornal uruguaio”

2019: “Gabigol é eleito o Rei da América; Flamengo coloca trio no pódio”

Pode parecer besteira, mas quem trabalha com comunicação e marketing, sabe muito bem que não é. A citação do jornal uruguaio na manchete da notícia do Fluminense deixa a impressão de tentativa de minimizar o feito tricolor. Já a a do Flamengo foi só o prêmio de Rei da América mesmo sem mencionar o jornal uruguaio. Basta ler os prints abaixo (final da matéria) e fazer a comparação.

Eu já me acostumei com esse tipo de situação que  ocorre há décadas, sinceramente, já não me irrita mais. Porém, faço questão de registrar aqui no espaço, em especial, para os mais jovens. Acho de extrema importância esse tipo de abordagem que acaba passando batida na maioria das vezes.