Da derrota na estreia à decisão: o que mudou no time que me faz acreditar no Título




Amigos Tricolores,

Hora da decisão!

Segunda partida na competição contra o mesmo adversário, hora de devolver a derrota da primeira partida e sair com a Taça na mão!

Alguém se lembra dos detalhes da estreia?

Naquele primeiro jogo na Liga Sul-Minas-Rio, ou Primeira Liga, a equipe estava em começo de temporada, na verdade foi o primeiro jogo à vera, depois do passeio na Disneylândia.

O time não estava bem,  e o treinador Eduardo Baptista não pôde contar com alguns dos principais jogadores do momento, ainda não regularizados para jogar partidas oficiais.

E com os que podia contar ainda procurava a formação ideal. Aliás, diga-se de passagem, Baptista estreou no Fluminense e saiu sem achar a tal formação ideal. Se havia uma coisa que o caracterizava era a indecisão e a dificuldade de definir posições.

Assim, no dia 27 de janeiro, há quase três meses portanto, entrou em campo, em Volta Redonda, estreando pela Primeira Liga contra o Atlético-PR, o seguinte time:

Diego Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Ygor Nogueira e Ayrton; Edson, Cícero, Danielzinho, Gustavo Scarpa e Felipe Amorim; Fred.

Entraram no segundo tempo: Magno Alves no lugar de Gustavo Scarpa (aos 20 minutos), Léo no lugar de Ayrton (aos 26) e Marcos Junior no lugar de Felipe Amorim (aos 26).

Dos novos contratados não jogaram Henrique, Diego Souza, Renato Chaves e Richarlison (este por sinal só jogou na Disneylândia, pois teve contusões, e pode voltar hoje!).

Agora vamos à provável escalação de hoje:

Diego Cavalieri, Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre, Cícero, Gerson e Gustavo Scarpa; Osvaldo e Magno Alves.

Contaram quantos jogadores atuaram na formação inicial da estreia?

Somente CINCO:  Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Cícero e Gustavo Scarpa.

E se levarmos em consideração que o Wellington Silva jogava na lateral-direita e passou para a esquerda, só o goleiro e três jogadores de linha estão novamente escalados na mesma posição.

E o que mudou?

Quase tudo!

O time ganhou liga (e esperamos que ganhe também A LIGA), ganhou padrão de jogo, entrosamento, definições de posições, jogadas, aproximações, coberturas…

O bando virou time!

Ganhamos eficiência e qualidade na lateral-direita, com Jonathan, que finalmente se firmou e mostrou serviço.

Ganhamos definição e segurança na zaga, com Gum voltando a jogar um futebol de qualidade, após um fim de ano complicado, e o Henrique se firmou, depois de um início difícil, ele que não jogava havia oito meses. Ganhou condicionamento físico, tempo de bola e ritmo de jogo.

A dupla foi finalmente escolhida e fixada pelo treinador Levir Culpi, de quem vou falar mais adiante.

Wellington Silva na lateral-esquerda não foi propriamente uma invenção do novo treinador, mas foi o Levir que o firmou ali e deu moral para o jogador que, se muitas vezes decepciona tecnicamente, sem dúvida alguma é um dos jogadores mais voluntariosos do time, um verdadeiro pulmão da equipe, e que impressiona estatisticamente com a quantidade de assistências de nossos gols na temporada, seja pela esquerda, seja pela direita, onde eventualmente ainda atua, na ausência do Jonathan.

No meio de campo, do time da estreia saíram Edson, que oscila sempre, e tem muitos admiradores, mas eu acho que leva uma quantidade absurda de cartões desnecessários e entra muito atabalhoado em muitas jogadas, e Danielzinho, um talento da base, mas que não vejo ainda maduro para segurar uma titularidade com a responsabilidade da criação. Sentiu a camisa do time de cima. Mas ainda tem muito a evoluir.

Felipe Amorim, titular naquela partida, pois ainda não tínhamos Diego Souza nem Gerson, não conseguiu se firmar, e aguarda novas oportunidades.

Entraram Pierre, limitado na criação, mas bastante eficiente na marcação e coberturas, e Gerson, que voltou emprestado numa boa fase, parece mais tranquilo com sua definição profissional, pois ano passado era muito exigido e teve momentos difíceis… Não deve ser fácil para um jogador tão jovem ter que mostrar jogo sabendo que já estava vendido ao Roma e nem tinha viajado ainda.

Mantidos no meio-campo, Cícero e Gustavo Scarpa são a alma do setor, o primeiro pela consistência e regularidade, sabendo também concluir bem a gol, e o segundo por ser o principal criador do setor, e também o nosso homem das bolas paradas, no que evoluiu muito neste ano, à base de muito treinamento. Começou o ano mal fisicamente,  e seu estilo de jogo exige uma excelente forma, mas subiu muito de produção. Enfim, vem amadurecendo.

Diego Souza também entrou nos jogos seguintes, mas na verdade fez só uma grande partida pelo time, por sinal a vitória que nos possibilita a final de hoje: os 4 x 3 contra o Cruzeiro no Mineirão, quando fez três gols, dois deles de pênalti, e ainda é nosso artilheiro na competição.

No ataque só tínhamos na estreia o Fred, pelo menos na formação inicial. E assim mesmo por muito pouco tempo, ele que entrava em campo pela primeira vez no ano e trocou tapas com o defensor Leo, do Atlético, que o provocava desde o início da partida e acabou levando um soco. Ambos expulsos, e fim de linha para eles na Primeira Liga, suspensos que foram por cinco jogos, num Tribunal que nem recurso admitia, muito menos efeito suspensivo ou chororô.

Naquele jogo Magno Alves entrou no segundo tempo, e junto com Marcos Junior, que também entrou, deram mais firmeza ao ataque, e inclusive o Marcos Junior foi o melhor do time na partida, sofrendo até um pênalti, desperdiçado por Cícero, na grande oportunidade de empatar.

Sem Fred na competição, o time encontrou soluções com o Diego Souza de falso nove indo muito bem contra o Cruzeiro, e depois com o Gerson, que marcou duas vezes na vitória sobre o Criciúma. Contra o Internacional, na semifinal, Magno Alves entrou, mas não foi bem, e foi substituído no intervalo, naquela que foi a noite de Osvaldo, autor dos dois gols tricolores, que garantiram o empate, para posterior triunfo nos pênaltis. Ele, Osvaldo, que foi justamente o escolhido para substituir Diego Souza, que poucos dias antes jogou a toalha e pediu pra sair.

Portanto, Amigos Tricolores, grandes mudanças da equipe, que tem tudo para vencer hoje e ganhar o Título! Só faltou dizer quem foi o principal responsável para essa mudança do time da água estragada para o vinho: Levir Culpi.

Foi ele quem primeiramente definiu os titulares, sem deixar de dar chances para todos, e transformou um bando em campo em um time, que sabe o que faz no campo, se defende bem melhor, joga mais articulado e ataca com objetividade, sem mais ter uma única jogada, os chuveirinhos para o Fred. Mesmo em sua única derrota, no domingo passado, quando inclusive poupou seis jogadores, três deles titulares do meio-campo, o time mostrou qualidades e teve oportunidades de vencer, inclusive fez um gol, absurdamente anulado.

Para não deixar de dar um pitaco no adversário, comparando aqui o time do primeiro jogo com o de hoje, há algumas semelhanças com o nosso. Eles também melhoraram de jogo, com a saída de nosso conhecido e limitado Cristóvão Borges para a entrada de Paulo Autuori, que melhorou bastante a equipe. E também têm apenas cinco jogadores que atuaram na primeira partida:  Weverton, Paulo André, Otávio, Vinícius e Marcos Guilherme.

Destaques do time para o goleiro Weverton, que pegou até pênalti naquele jogo de estreia, o atacante Marcos Guilherme, e nossos conhecidos Vinícius e Walter.

Comparando a evolução deles e a nossa, o Fluminense cresceu muito mais em qualidade de jogo. Acho que temos tudo para vencer hoje, estou ansioso e concentrado para a viagem de daqui a pouco, na Caravana Explosão Tricolor, com amigos do site, tanto da equipe quanto os amigos leitores, numa viagem que com certeza será bastante agradável.

E, se Deus quiser, a viagem de volta será muito melhor! De faixa no peito, onde bate um coração em ritmo acelerado, de quem ama o Fluminense!

O Fluminense gosta de títulos em novas competições. Lembro que foi o primeiro Campeão Carioca, o primeiro Campeão Brasileiro, embora em 1970 ainda chamassem, na transição de formatos, de Taça de Prata, mas que contudo contava com todos os grandes times brasileiros pela primeira vez, e com todos os craques que jogaram a Copa do Mundo e ganharam o Tri. Até na base: no ano passado o Fluminense ganhou o primeiro Campeonato Brasileiro de Juniores, organizado pela CBF e com todos os grandes times.

Foi o primeiro campeão com gol de barriga! E na festa do Centenário adversário.

Primeira Liga, seja bem-vinda! A única competição do primeiro semestre com a participação de seis times grandes! E dez times da Primeira Divisão!

VAMOS LUTAR, POR MAIS ESSA TAÇA!!!

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

Juiz-de-Fora---Flu
Não vejo a hora de estar neste estádio lotado, na decisão de hoje à noite.