Análise do elenco do Fluminense e o impacto no Dinizismo




Fernando Diniz (Foto: Fluminense F.C.)

Análise do elenco do Fluminense e o impacto no Dinizismo

(por Vinicius Toledo)

Eu estou muito “p” da vida com o momento do Fluminense. Você também não deve estar nada satisfeito. Respirei fundo para tentar entender o momento do Tricolor. Sendo assim, tive a ideia de avaliar a situação de cada jogador do elenco e o impacto causado no sistema de jogo do Fernando Diniz. Confira abaixo e fique à vontade para manifestar a sua opinião.

GOLEIRO

O Fábio é um dos melhores goleiros do futebol sul-americano. Vitor Eudes atuou muito bem nas primeiras rodadas da Taça Guanabara, mas o Fernando Diniz prefere o Felipe Alves, que não atuou bem nas poucas oportunidades que teve, para ser o reserva imediato.

LATERAL-DIREITA

Samuel Xavier está convivendo com lesões desde o Mundial. Jogou muito pouco em 2024. Isso é um problema sério, pois o camisa dois foi uma peça importante nos dois anos anteriores. Já o Guga demonstra até vontade, mas possui limitações técnicas.

LATERAL-ESQUERDA

Marcelo é absoluto, mas apresenta sérias dificuldades na defesa por conta de questões físicas. Não à toa, boa parte da torcida questiona se não seria melhor aproveitá-lo no setor de criação do meio de campo. Diogo Barbosa é o reserva. No ano passado, ele deu conta do recado dentro de um time ajustado. Em 2024, ainda não conseguiu aparecer bem.

ZAGUEIRO

O mundo da zaga acabou com a saída do Nino, ou melhor, o sistema de jogo do Diniz começou a ruir sem o capitão da conquista da Libertadores.

Felipe Melo só aguenta jogar um tempo e ainda necessita ser poupado em algumas ocasiões. Manoel não está nada bem. Antônio Carlos é lento e limitado. A lentidão dos três é algo terrível… não dá para entender o empréstimo do Luan Freitas, que se apresentou muito bem nas primeiras rodadas da Taça Guanabara. O esforçado Thiago Santos é, no máximo, um quebra-galho. Marlon não conseguiu engrenar e vive lesionado.

O Felipe Andrade poderia receber uma sequência de oportunidades, pois é novo, rápido, marca bem, possui boa recomposição e sabe sair para o jogo. Ele apresentou todos esses recursos no início da Taça Guanabara. A prova de fogo seria agora, mas…

VOLANTE

André se lesionou e ficará um tempo afastado. Ele e o Nino eram os principais responsáveis pela saída de bola. Mais um duro golpe para o Fluminense e que, consequentemente, obriga o Fernando Diniz a se reinventar em todos os sentidos ou pedir contratações de reforços com características semelhantes do Nino e André.

Martinelli segue firme. Já o Lima, que não é volante de origem, é insistentemente improvisado na função. Mais uma situação pra lá de questionável. O Alexsander está afastado por atos de indisciplina. Ele tem potencial para ser titular, mas deu mole…

E o Gabriel Pires? Foi contratado mesmo com um grande histórico de lesões recentes. E o histórico aumentou no Fluminense, pois ele vive no Departamento Médico.

MEIA DE CRIAÇÃO

Ganso retornou bem, mas é um jogador que requer cuidado na questão física. Colocá-lo para quatro ou cinco jogos seguidos com intervalos de três ou quatro dias faz com que o rendimento dele caia.

Renato Augusto ainda não conseguiu embalar. De bom mesmo, o pênalti sofrido que garantiu o titulo da Recopa Sul-Americana. É mais um veterano que precisa de um cuidado especial para ser utilizado.

ATAQUE

O Germán Cano revelou que a lesão no joelho foi complicada e que ele ainda não está inteiro, porém, ele tem aparecido com frequência à frente da área do Fluminense para combater como se fosse um cão de guarda. O ídolo até ajuda na marcação, mas quando tenta ajudar na transição…

Jhon Arias é absoluto, mas é melhor atuando pela direita. Porém, ele tem atuado pela esquerda por conta da presença do Marquinhos, que diga-se de passagem, foi a melhor contratação até agora.

Keno criou “raiz” no Departamento Médico. Lelê está fora de combate. Douglas Costa até rende algo, mas só quando entra para jogar trinta minutos da etapa final. O garoto Isaac está apenas para compor o elenco. John Kennedy está afastado por conta de atos de indisciplina, segundo o próprio clube informou. Sobre o Lucumi, confesso que não tenho opinião formada.

Por último, o meia-atacante Terans. O uruguaio ainda não esteve bem nas poucas oportunidades que teve até o momento. Resta saber se é questão de adaptação ou incompatibilidade com o sistema de jogo do Diniz, pois é válido lembrar que o Terans gosta de partir pra dentro e, principalmente, de finalizar de longa distância.

CONCLUSÃO

O sistema de jogo do Fernando Diniz sofreu duros golpes. A questão da origem da saída de bola foi detonada com a venda do Nino e também com a lesão do André. Outro ponto que ajudou a destruir o “Dinizismo” é a questão física. Jogadores importantes na temporada passada, Samuel Xavier e Keno não apareceram em 2024. O elevado número de lesões é mais um fator derrubador.

Com o sistema de jogo seriamente abalado, o time não consegue mais desenvolver o seu jogo. A zaga não dá conta do recado, o meio de campo perdeu o André e o Gernán Cano não é abastecido. Cenário terrível! Fernando Diniz precisa se reinventar diante de todo o cenário exposto acima, mas a diretoria também precisa se movimentar.

Forte abraço e ST

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