Não é só o Diniz: no Fluminense, é fora muita gente 




Felipe Melo e Fernando Diniz (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.)

Não é só o Diniz: no Fluminense, é fora muita gente (por Lindinor Larangeira)

Abaixo da lanterna da série A, só a segundona. E é pra lá que estão nos levando Diniz, Mário, Angioni, Fred, preparação física, fisiologia e o tal “scout”.

Como o único não demissível é o presidente, Mário deveria tomar uma atitude e demitir treinador, comissão técnica e os demais citados.

Diniz está orbitando em outro planeta. Suas entrevistas beiram o realismo fantástico, mas sem o talento de Gabriel Garcia Marquez.

Angioni? O que faz esse senhor? Um dirigente que pode ter sido muito bom nas décadas de 1980, 1990, mas como o tempo passa, estamos em 2024.  A pergunta é: além da amizade com o atual presidente do clube, o que entrega Angioni ao Fluminense?

Fred é muito ídolo. Deveria fazer uma autocrítica dessa atuação fora dos gramados e pedir o boné. Se ele é o responsável pelo planejamento, em qualquer organização séria já teria sido dispensado. Teve responsabilidade nessas contratações bisonhas? Pelo péssimo planejamento deste ano? Afinal, o que faz Frederico nesta diretoria?

Antes de abordar os outros profissionais, cabe falar de uma entidade misteriosa para mim, um certo “scout”. Creio ser também outra instância indemissivel, já que me parece formada pelos “empresários amigos”. Afinal, como explicar tantas contratações ruins e injustificadas? Não somente neste ano. Para citar, fiquemos apenas em uma posição, a lateral-esquerda: Orinho, Egídio e Danilo Barcelos. Pior do que essas contratações, com pelo menos dois jogadores do mesmo e notório agente, só mesmo a visão do inferno.

Fisiologia: como explicar tantas lesões? Perdemos agora nosso atacante mais agudo na temporada. Não se trata de nenhum veterano, mas do jovem Marquinhos, que o tresloucado treinador acredita ser lateral…

Preparação física? Pouco a dizer sobre o time menos intenso do Brasileirão e que, a partir dos 20, 25 do segundo tempo, não tem pernas para acompanhar o ritmo dos adversários.

Atitudes devem ser tomadas e com urgência. Como tomam dirigentes com personalidade e independência, como Leila Pereira e Mário Petráglia.

O time precisa de reforços, já que as contratações não funcionaram. Pelo menos mais três, além de Thiago Silva, para encorpar o elenco.

Não tem dinheiro? Aproveite, Mário e enxugue a folha. Como? Não renovando com Marlon e liberando Keno. Aliás,  já poderia ter ficado em BH ontem.

Só aí, quase 1 milhão ou algo próximo disso por mês. Daria para trazer dois ou três reforços? Creio que sim.

Porém, se Diniz é um estranho case de autodestruição da própria carreira, Mário é um dos cases mais geniais de blindagem. Por parte de setores da imprensa, que mais parecem assessorias, e do que eu chamo de torcedores do presidente, grupo muito engajado nas redes sociais.

O discurso de “culpa da torcida”, foi trocado por uma ridícula narrativa de “disputa política”.

Como torcedor de uma instituição centenária, chamada Fluminense Futebol Clube, confesso que me preocupa bastante a omissão e a inação da atual diretoria, que pode nos levar ao paradoxo de, em 2025, disputar o Super Mundial da FIFA e a série B.

Não se trata de “politicagem”, mas de simples constatação. Portanto, Mário, a hora é de você fazer política, ou seja, use a vassoura, faça uma limpeza e reforce esse elenco.

PS1: Cartão amarelo para não ver o provável vexame na beira do campo?

PS2: Insisto: tragam João Neto de volta. Seria, no mínimo, uma ótima opção de banco.

PS3: Medo desse domingo..