Chega de falsas narrativas no Fluminense




Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor



Chega de falsas narrativas. A torcida do Fluminense quer soluções (por Lindinor Larangeira)

Na era digital, uma das frases que não saem da minha cabeça analógica é: “Só existe influencer, porque tem idioter”. E neste admirável mundo novo, uma palavra se transformou em um grande palavrão para mim: “narrativa”. O que era a descrição de fatos, ou a contação de uma história, agora também é sinônimo de fakenews, teorias conspiratórias ou passada de pano.

Confesso que desprezo gente que usa a tecnologia a serviço da desinformação. Antes de ser um compromisso de quem é jornalista por vocação e formação, é um dever da cidadania.

Esse longo preâmbulo, que antigamente, nós, jornalistas chamaríamos de “nariz de cera”, é para opinar sobre a nova narrativa para justificar a atual crise do Fluminense, e tentar blindar o maior responsável, entre outros, pela vexatória temporada, após um ano glorioso.

Chega a ser pueril ler ou ouvir que “a culpa é do Diniz”. Ou: “Mário deu carta branca para Diniz”. Ou ainda: “foi o Diniz que montou o elenco”.

Antes de fazer qualquer defesa do ex-treinador, não conheço qualquer organização em que o empregado manda mais do que o patrão. Os passadores de pano perguntarão: “então você está dizendo que a culpa é do Mário?” Minha resposta é que, não gosto de utilizar a palavra culpa, que para mim, tem os vieses da religião e do Código Penal.

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Responsáveis são vários. Os maiores são os dirigentes, ou seja: Mário, Angioni e Fred. Diniz tem grande parcela nesse desastre, que ainda pode ser revertido, como os jogadores e a estrutura do clube (preparação física, DM, scout, etc).

Não dá para passar pano em ninguém, como também não se pode entrar em um clima de autoflagelação. O momento é de se pensar em soluções. A demorada troca do treinador já aconteceu. Agora é trazer reforços. Sendo chato e recorrente: um centroavante clássico, um primeiro volante, um zagueiro, mais um atacante de beirada e, caso Guga não mereça a confiança que Diniz nunca depositou nele, e Samuel Xavier continue não jogando bulhufas, um lateral-direito.

Tentando me antecipar aos tais “influencers”, creio que dirão: “mas o clube não tem dinheiro”. Então, que os dirigentes, para mim, os grandes responsáveis pelo caos, que se virem para resolver. Se não tem dinheiro, por que a base é tão subutilizada? A hora é do scout começar a mostrar que serve para alguma coisa.

Aos nossos jogadores, que tenham atitude e comprometimento. Coisas que estão faltando para muitos de vocês. Se demonstrarem raça, a torcida jogará junto.

Aos nossos dirigentes, vergonha na cara e transparência.

Ao nosso novo treinador, boa sorte e o nosso apoio.

Nossa torcida segue acreditando numa virada. Dirigentes e atletas precisam acreditar e fazer por onde.

Os “influencers”? Ah, esses aí são pobres diabos, caçando cliques e monetização.

PS1: Pela volta imediata de João Neto, Yago e Luan Freitas.

PS2: Por que Kayky Almeida nunca teve oportunidades?

PS3: Douglas Costa, Gabriel Pires e Renato Augusto custam mesmo entre 1,5 e 2 milhões por mês? Com a palavra a diretoria.

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