Os três responsáveis pela derrota do Fluminense 




Mano Menezes (FOTO: MARINA GARCIA / FLUMINENSE F.C.)

Os três responsáveis pela derrota do Fluminense (por Lindinor Larangeira)

A derrota do Fluminense em mais um clássico tem três responsáveis diretos. Por ordem cronológica: Wilton Pereira Sampaio, Mano Menezes e Felipe Melo.

Em um primeiro tempo que teve três fases distintas, um predomínio alvinegro nos primeiros 15 minutos. Uma fase de jogo entre intermediárias, até os 25. E daí pra frente uma supremacia tricolor, ao acertar a marcação e forçar os erros do adversário.

Porém, o maior erro foi de arbitragem. O que contra o Fluminense tem sido tão recorrente quanto perder clássicos.

O lance do pênalti de Matheus Martins em Cano é claro. Não é passível de interpretação. Portanto, falhou a arbitragem de campo ao não marcar e a arbitragem de vídeo, ao não recomendar a revisão. 

Aliás, passível de interpretação seria um possível cartão vermelho para o atacante do Botafogo. Mas o péssimo árbitro ainda tentou justificar a não marcação da penalidade, dizendo para Cano que não houve o movimento de gatilho. A imagem é clara: mesmo sem intencionalidade, há sim o movimento de gatilho e a cotovelada. Portanto, segundo a regra, pênalti.

No segundo tempo o Botafogo começou melhor, obrigando Fábio a praticar boas defesas, mas no decorrer da partida se restabeleceu o equilíbrio.

Quando tudo levava a crer em um final com placar em branco, após um choque de cabeça entre Nonato e Marçal, mais um erro determinante para a derrota. Desta vez, do treinador Mano Menezes, ao colocar em campo um jogador que já havia comprometido o resultado da partida anterior.

Foi inexplicável e injustificável a entrada de Felipe Melo. Como quem escala é o técnico, mais esse revés também entra na conta de Mano. 
Por fim, se ele não pediu para entrar em campo, foi o treinador quem o colocou, Felipe Melo deveria ter a grandeza de reconhecer que não dá mais.
Nossa torcida é muito grata pelo espírito vencedor e liderança desse atleta, mas a hora da aposentadoria chegou. Pois como disse Cazuza: “O tempo não para”. E é preciso saber o tempo de parar. 

Voltando no tempo desse texto, sobre a arbitragem, caberia uma atitude da diretoria. Nos moldes da que foi tomada contra Anderson Daronco. Que por sinal, desde então, não apitou mais jogos do Fluminense.

Sobre o treinador, é preciso rever alguns conceitos. Tomara que os dois jogos recentes do Brasileirão tenham servido de aprendizado. O tempo do flerte com o erro acabou, Mano.

E sobre o jogador em questão, que tenha a consciência e o discernimento de reconhecer que a maior contribuição que pode dar, até o tempo final da temporada, é como liderança importante, fora das quatro linhas.

Agora é virar a chave e buscar a classificação para a semifinal da Libertadores. Afinal, ainda temos tempo de conquistar o bi.

PS1: Outra boa atuação de Antônio Carlos e um jogo bem honesto de Manoel.

PS2: Marcelo, com o auxílio de Serna, fez um bom jogo como lateral, ganhando a maioria dos duelos contra Luiz Henrique. Mas quando jogava no último terço do campo, era melhor ainda…

PS3: O que teria acontecido com Marquinhos?

PS4: Na torcida pela rápida recuperação de Nonato.

PS5: Explica a venda de Arthur, a preço de Bala Juquinha, ao futebol marroquino, e o estranho empréstimo de Agner ao Palmeiras, Mário.

PS6: Será que Textor vai falar alguma coisa sobre arbitragem?