Mário Bittencourt rebate questionamento sobre contratações erradas do Fluminense para 2024




Renato Augusto (Foto: Fluminense F.C.)
Mário Bittencourt não concorda que o Fluminense tenha errado nas contratações realizadas em 2024

Apesar da temporada ruim, o presidente Mário Bittencourt não acredita que o Fluminense errou nas contratações feitas para 2024. Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, o mandatário reconheceu que os reforços não renderam o esperado, mas ressaltou que todos chegaram ao clube com avaliações positivas, inclusive da torcida.

– Não vou chamar de erro, mas de decisões que tomamos e que no momento entendemos que eram acertadas. Depois, ao longo do tempo, não surtiram o efeito que a gente desejou. Você planeja tudo na vida desejando o melhor, às vezes não acontecem como você planeja e você tenta corrigir o rumo. Sobre as reposições no início do ano, qualquer um tentaria manter a maior quantidade de jogadores campeões da Libertadores. É muito fácil falar agora “ah, eu não teria feito isso porque o time envelheceu, Fernando Diniz só contratou jogador veterano”. Também não é verdade. Não me lembro de ninguém na época achando que as contratações (da janela) foram ruins, acharam importantes para a composição do elenco. Trouxemos jogadores para compor elenco, ajudaram na conquista da Recopa. E as coisas não foram acontecendo. Fomos tentando desenvolver o mesmo tipo de futebol do ano passado, não conseguimos. Os adversários aprenderam a jogar contra nós.
– Acho que passa pelo fato de que terminamos o ano de 2023 em dezembro. Tivemos um mês a menos de preparação. Houve uma decisão de início de competição, em que botamos o time titular para jogar assim que voltou, contra o Bangu (01/02). Todo mundo ficou extasiado com o fato de o time ter voltado e vencido aquele jogo com quatro dias de treino. Aquele movimento contrariou um pouco a preparação física e a fisiologia, porque entendíamos precisar dar jogo ao time para ganhar a Recopa. Se deixássemos o time treinando por mais 15, 20 dias, a LDU chegaria com mais ritmo de jogo e a gente só em treino. A Recopa era muito simbólica para nós, contra a LDU, no Maracanã. O time de garotos que o Marcão estava comandando era líder (no Carioca). O Fernando (Diniz) teve essa decisão (de antecipar o retorno) e nos justificou à época dizendo que era para o time chegar na Recopa com (ritmo de) jogo. Deu certo naquele momento, ganhamos a Recopa. Hoje acreditamos que isso tenha atrapalhado de alguma forma a continuidade no campeonato. A maioria das lesões que tivemos foi traumática, não muscular. Por isso digo que há uma dúvida se isso realmente pode ter sido um fator preponderante. As lesões do André, do Cano, do Keno… Não foram por trauma. O time veio se esfacelando.
– Obviamente, estamos fazendo um ano ruim. Mas o futebol tem dessas coisas. Se tivéssemos passado do Atlético-MG, talvez estivéssemos falando de uma semifinal da Libertadores contra o River Plate. No meio do ano, tentamos reorganizar e reposicionar o planejamento, também temos a questão da janela. Em abril, já vimos que não estava indo, mas tenho que esperar até julho para contratar. Não tinha como fazer antes. Temos que pegar (o ano) como aprendizado. Se acontecer uma nova situação de irmos até dezembro jogando, acho que eu talvez questionaria o fato de voltarmos o time mais rápido (no início do ano seguinte). Mas tínhamos uma Recopa para ganhar da LDU. Por isso disse que não estou fazendo uma crítica.

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Por Explosão Tricolor

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