O Fluminense deve estar atento às arbitragens na reta final do Brasileirão




O Fluminense deve estar atento às arbitragens na reta final do Brasileirão (por Lindinor Larangeira)

Na reta final do Brasileirão, o Fluminense só depende de si para permanecer na série A. O que, para nós, tricolores, não é mais do que uma obrigação, por conta dos erros de planejamento, de montagem do elenco e de uma irritante omissão da diretoria, em relação aos constantes equívocos de arbitragem, passou a ser uma luta de vida ou morte.

É óbvio que o péssimo trabalho de Diniz na temporada, premiado pela diretoria com uma estranha prorrogação de contrato, deixou o clube quase em situação insolúvel. Não apenas pelos míseros e ridículos seis pontos em 11 rodadas, mas pelo pior futebol entre os 20 times do torneio. O Fluminense conseguiu a façanha de perder oito pontos em casa para Juventude, Atlético Goianiense e Vitória. Três jogos em que a obrigação era de vitória. Oito pontos que, somados aos atuais 30 (24 na era Mano), dariam a certeza de um final de temporada tranquilo.

Sem deixar o passado de lado, pensando no presente e projetando o futuro, outra questão que contribuiu para essa situação foram os recorrentes erros de arbitragem. Em, pelo menos, cinco partidas o Fluminense foi claramente prejudicado. E quando os erros acontecem continuamente, dá para desconfiar…

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Começando por aqueles pênaltis absurdos, marcados, com o auxílio do VAR, nos jogos contra o Cruzeiro, em que o time fazia, até então, uma partida equilibrada, e no Fla X Flu, em que o tricolor não jogou bulhufas, mas como o adversário não teve a competência de matar o jogo, a equipe do VAR teve que dar uma mãozinha. No mínimo, mais um ponto no clássico carioca.

Contra o Vasco, mais uma atuação calamitosa do péssimo Anderson Daronco, que confirmou gol irregular de Vegetti. E o pior, com a equipe do VAR fazendo coro. Malsatisfeito com a lambança, o árbitro ainda deu o terceiro cartão amarelo para dois dos principais jogadores do Flu, desfalcando o time para a partida contra o Corinthians. Muito conveniente, não é mesmo? Tudo bem que a apatia tricolor contrastava com a fome de vitória vascaína. Mas aquele gol deu mais motivação ainda para o adversário, justo ganhador daquela partida.

A coisa foi tão escabrosa, que fez até o omisso e blasé presidente Mário Bittencourt tomar providências. Depois de conceder uma irada coletiva, o dirigente representou contra a arbitragem, junto à CBF, e desde então, o parrudo juiz (graças a Deus) não apitou mais nenhum jogo do Fluminense.

Contra o Botafogo, hoje o time que joga o melhor futebol do Brasil, um jogo bem equilibrado. Caminhava para o empate sem gols, que não ocorreu devido a falha bisonha de Felipe Melo, mas, antes, teve um lance capital, em que o VAR, estranhamente, se omitiu. A única interpretação cabível, no pênalti de Matheus Martins em Cano, era se a cotovelada era lance para vermelho ou amarelo. Mesmo sendo uma falta involuntária, a penalidade deveria ter sido marcada. E caso o atacante alvinegro tivesse sido expulso, o resultado da partida poderia ter sido outro.

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Finalmente, em mais uma atuação calamitosa do time, o Fluminense foi prejudicado pela ação revisora do VAR, em lance de imagem não conclusiva, onde a decisão de campo deveria ter sido mantida. Outro ponto perdido pela ação da equipe do VAR, o que não justifica perder seis pontos para o lanterna do campeonato.

Em 28 rodadas disputadas, o Fluminense foi claramente prejudicado em cinco, com a diretoria se manifestando apenas em uma.

Faltam dez rodadas para os tricolores, contando um jogo atrasado. É preciso que os dirigentes estejam atentos e não permitam que fatos extracampo sigam determinando resultados. Qualquer ponto é fundamental, já que, em 10 partidas, para chegar aos 45 pontos, quase sempre suficientes, serão necessárias, ao menos, cinco vitórias.

A torcida continuará cumprindo o seu papel, jogando junto com o time, que esperamos, tenha atitude e garra no campo. Atitude e garra que os dirigentes também devem ter fora de campo, na defesa dos interesses da instituição.

PS1: Bernal é bom jogador, mas não é o André, que é craque. Paciência com o garoto, galera.

PS2: Tomara que Ignácio se recupere logo, para formar a zaga com TS3.

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