Aperta o F5, Mário Bittencourt




Mário Bittencourt (FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.)

Aperta o F5, Mário Bittencourt (por Vinicius Toledo)

“Que a comissão de arbitragem da CBF faça uma reflexão do que ocorreu ontem. Os prejuízos são gravíssimos. O Fluminense, como sempre faz ao ser prejudicado, adotará as médias administrativas cabíveis, mas o fará sabendo que o problema vai muito além de afastar ou punir árbitros. Ou abrimos um debate sério sobre o tema envolvendo os “atores” do futebol brasileiro ou seguiremos retrocedendo” – último parágrafo do posicionamento do presidente Mário Bittencourt sobre os erros de arbitragem contra o Fluminense.

Fala, galera tricolor! Comecei o texto com o trecho final do posicionamento do presidente Mário Bittencourt sobre os erros de arbitragem no futebol brasileiro. Em outros tempos, eu bateria palmas para o discurso do mandatário tricolor. Discurso no “modo politicamente correto“, mas que não encaixa no mundo real. Abrir debate sério sobre o tema envolvendo os “atores” do futebol brasileiro? Essa é a proposta do presidente Mário Bittencourt? É sério mesmo? Não dá para ler isso e ficar quieto. Discurso bacana, mas que só embarca quem não tem noção da realidade de como as coisas funcionam ou bate palmas para tudo que o presidente fala.

É necessário ir direto ao ponto: o Fluminense é um clube extremamente enfraquecido politicamente nos bastidores do futebol brasileiro, sem representatividade alguma. Não adianta falar que a minha visão é um ato de oposição política contra a atual gestão. Isso não existe. Apenas estou comentando algo que é totalmente escancarado. Só não enxerga quem não quer.

A quantidade de erros grosseiros das arbitragens contra o Fluminense é algo que deveria gerar ações mais enérgicas por parte do presidente Mário Bittencourt, porém, a reação é sempre a mesma: “modo politicamente correto” com textos bem escritos, mas que servem apenas para os veículos de comunicações movimentarem seus espaços com chamadas apelativas e também para parte da torcida, que não possui um senso crítico mais apurado, bater palmas para o “discurso do rei” (algo muito comum no Brasil).

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Confesso que estou cada mais preocupado com o futuro do Fluminense. Muitos clubes estão crescendo e até resolvendo as suas vidas. Alguns viraram verdadeiros “leões” com rugidos cada vez mais altos. O Botafogo, por exemplo, tem dono: John Textor. Ele tocou em várias feridas do futebol brasileiro, inclusive, com graves acusações. A Leila Pereira, presidente do Palmeiras, não é dona do clube, mas representa com autoridade e encara quem vier pela frente. O competentíssimo CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, é outro grande exemplo de como o gestor deve defender os interesses de um clube.

Estou muito preocupado com a situação do Fluminense nessa reta final do Brasileirão. Essa postura passiva com texto politicamente correto e vídeo com os erros de arbitragens não cola mais. No mundo ideal, o debate realmente seria muito válido, mas sabemos que isso não existe no Brasil. A política nacional é o melhor exemplo onde alguns políticos fogem de debates como o diabo foge da cruz. 

Para encerrar, o presidente Mário Bittencourt precisa apertar o “F5” para se atualizar. No final do seu texto, o dirigente fala o seguinte: “Ou abrimos um debate sério sobre o tema envolvendo os “atores” do futebol brasileiro ou seguiremos retrocedendo“. Alô, presidente! Já retrocedeu há décadas, não é possível que o senhor, que respira futebol a sua vida inteira, ainda não enxergou isso…

Forte abraço e ST