Fluminense está próximo de dar o mais ousado passo de um clube brasileiro no exterior




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Ação ousada do Fluminense no mercado internacional

O Fluminense terá até o final de dezembro para exercer a opção de compra de 77% do STK Samorin, clube da segunda divisão da Eslováquia. Sim, o Tricolor deseja dar esse ousado passo, que seria o maior da história de um clube brasileiro no mercado internacional. O clube eslovaco seria uma filial tricolor na Europa.

O acordo, que o presidente Peter Siemsen pretende levar ao Conselho Deliberativo do Fluminense em um mês, prevê que todo o controle da área técnica do STK Samorin pertença ao Fluminense. Na última temporada, já havia um acordo de cooperação. A disputa da terceira divisão eslovaca aconteceu com cinco jogadores da base e um auxiliar técnico do Fluminense. Na segunda metade do ano, o Tricolor passou a fazer a gestão técnica e indicou Mike Keeney, técnico norte-americano e instrutor da Uefa, para comandar o time eslovaco. O número de jogadores tricolores do clube passou para sete, e o STK Samorin ganhou a terceira divisão. O objetivo é chegar à elite em dois anos. Com o acordo de opção de compra, a decisão será tomada até o fim deste ano.

Caso a negociação ocorra, o clube eslovaco passará a se chamar STK Fluminense Samorin. Manterá uniforme e escudo originais quando mandante. Como visitante, usará a camisa do Fluminense. O compromisso tricolor é, no ato da compra, investir € 250 mil (mais de R$ 960 mil) em estrutura.

— Ninguém está tirando dinheiro do time para isso. É um projeto sustentável e com retorno em diversas áreas — defende Peter Siemsen. O Fluminense vê a aquisição do Samorin como uma etapa final da formação dos jogadores e uma nova possibilidade no plano de carreira deles.

— Tínhamos parcerias na Europa, mas sem controle sobre os jogadores, se atuavam ou não. Agora, vão jogar uma competição lá, aprender línguas. O inglês será o idioma no clube. É um desenvolvimento também do ser humano. Nossos treinadores também vão se graduar na Europa — diz Marcelo Teixeira, coordenador da base e idealizador do projeto. O Fluminense entende que a compra do STK permitirá, em caso de sucesso esportivo, expor os jovens de Xerém, reforçando na Europa a imagem de bom formador. O que amplia oportunidades de negócio.

— Haverá uma exposição do atleta, uma colocação do clube no mercado. Vamos ocupar um espaço: clubes médios da Europa, hoje, compram e revendem jogadores brasileiros. Se houver venda, será reinvestido em formação e pagará todo o projeto — diz Peter Siemsen.

Por Explosão Tricolor / Fonte: O Globo / Foto: Divulgação