CT de primeira com onze perebas em campo

Perder para o São Paulo no Morumbi é o fim do mundo? Claro que não. A galera tá revoltada com o time e o treinador, mas vou mandar a real: os caras são os menos culpados. É necessário que isso fique bem claro. Para quem não concorda, deixo algumas perguntas:

O Levir Culpi montou o elenco deste ano?

Maranhão, Dudu Figueiredo e William Matheus obrigaram o Fluminense a contratá-los?

Foi o Henrique que ordenou a compra dos direitos dele por R$ 10 milhões com salários mensais de R$ 460 mil?

Em algum momento, o Richarlison, investimento de R$ 10 milhões, chegou para a diretoria e disse: “Pode mandar o Fred embora, que assumirei a responsabilidade!”?

Pois é…

Sobre o Levir Culpi, a gente pode até questionar o motivo da insistência com o Giovanni, manutenção da condição de intocável do Cícero e de não arriscar uma mudança na zaga. Vale o debate, mas convenhamos: são esses os reais problemas do Fluminense? Sabemos que não.

Um fato real é que o Gustavo Scarpa não é mais o mesmo depois que deu uma escapada rápida para a Itália. Antes da misteriosa viagem, o garoto era a referência de um Fluminense que vinha até sendo superior a todos os seus adversários nas primeiras rodadas, mas que pecava bastante na hora de colocar a bola na rede. Isso tá pesando contra. E muito!

No jogo de ontem, podemos dizer que vimos o mais do mesmo. Como no Fla-Flu do último domingo, o Fluminense foi esmagado pelo São Paulo na primeira etapa.

Nada contra o Maranhão e o Magno Alves, acho até que eles servem para compor o elenco, mas entrar com os dois de titulares não dá. No caso do Magnata, a idade pesa. Deu pena de vê-lo ser engolido pelo zagueiro Maicon. O nosso veterano ainda pode contribuir para o Fluminense, mas só entrando nos trinta minutos finais para pegar o sistema defensivo adversário bem desgastado. Nesta condição, ele ainda consegue equilibrar um pouco a parte física, fora isso, não rola!

Na segunda etapa, o Fluminense entrou no jogo, mas temos que admitir que o São Paulo tirou o pé, já que o foco deles está na semifinal da Taça Libertadores. Tivemos algumas chances, marcamos um gol e o juiz deixou de marcar um pênalti claríssimo em cima do Osvaldo. Poderíamos até ter saído do Morumbi com um empate, mas a falta de jogadores decisivos acabou pesando na quarta derrota do Fluminense no Brasileirão.

Até este jogo, o Fluminense disputou 12 jogos no Campeonato Brasileiro, sendo 8 deles contra os gigantes do país. Vencemos 3, empatamos 2 e perdemos 3. Foram 4 jogos com mando nosso e 4 fora. Números horrorosos? Considerando o equilíbrio atual do futebol brasileiro, que está totalmente nivelado por baixo, acho que são até normais, entretanto, as últimas atuações do time sinalizam um perigosíssimo risco para o futuro do Fluminense na competição. Quem aí está seguro de que ficaremos longe do Z-4?

Iniciei o texto diminuindo a carga de culpa que o elenco e o treinador andam levando nas costas por um único motivo: a diretoria do Fluminense é a maior culpada por estarmos capengando no gramado e na arquibancada. Desde 2013, o torcedor tricolor perdeu totalmente o tesão de assistir os jogos. Para você que leu até aqui, pergunto: quantas vezes você cochilou no sofá assistindo o Fluminense nos último tempos? Enquanto os jogadores brigam com a bola, nós torcedores, brigamos com o melancólico sono da derrota. E por falar em sono da derrota…

Não contrataremos ninguém? É isso mesmo? Henrique Dourado é a bola da vez para ser o novo camisa nove do Fluminense? É sério?

De saco cheio de historinhas! Eu e toda a torcida do Fluminense queremos é bola na rede adversária. O elenco tem que ter um CT, concordo. A obra sempre teve o meu total apoio, mas a gestão tem que ser equilibrada em todos os setores do clube. O Fluminense do futuro não pode ser construído apenas com tijolo, cimento e compra de clube eslovaco. Um bom time também faz parte desta construção, caso contrário, não adiantará nada ter um CT de primeira com onze perebas em campo.

Para terminar: alguém aí tem algum contrato dizendo que depende da minha assinatura para garantir uma vaga antecipada no meio da tabela no final do Campeonato Brasileiro? Se sim, mande logo para cá. Vou assinar na hora!

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – O time precisa de oxigenação. Julio César no lugar do Diego Cavalieri, Renato Chaves no do Gum e William Matheus (é o que temos) na vaga do Giovanni.

2 – Emprestaram o Eduardo para o América-MG. Será que ele conseguiria ser pior que o Cícero? Duvido!

3 – A última esperança é o estádio de Edson Passos virar um caldeirão para que o time se agigante pra cima dos adversários. Independentemente dos problemas e das sacanagens, acho que devemos comprar o barulho.

4 – Aviso aos candidatos à presidência do Fluminense: pensem na apresentação de um projeto de futebol convincente. No que depender do portal Explosão Tricolor, pegaremos muito no pé sobre o assunto. Doa a quem doer… Recado dado!

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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