Fluminense no modo “roda presa”




Mano Menezes (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)


Fluminense no modo “roda presa”

O Fluminense avançou à semifinal do Campeonato Carioca. Assim como no Brasileirão do ano passado, os resultados dos concorrentes ajudaram bastante nas últimas rodadas, pois o time chegou a estar na décima colocação na metade da Taça Guanabara. É sempre bom lembrar o seguinte: foram quatro vitórias em onze jogos mesmo diante de tantos adversários fraquíssimos.

Contra o já rebaixado Bangu, o Fluminense teve a oportunidade de ouro para fazer barba, cabelo e bigode. O cenário estava perfeito: Maracanã, ausência do sol, adversário esfacelado em todos os sentidos e os antigos quinze mil de sempre com a inabalável fé movida pelo amor verde, branco e grená.

Pois é, a bola rolou e o Fluminense não jogou rigorosamente nada. O que mais me irritava era ver o time recuperando a bola em seu campo de defesa, os zagueiros acionavam os laterais, que avançavam no corredor livre sem a companhia um meia ou um ponta para poder fazer uma tabela e, consequentemente, chegar com mais força à linha de fundo. Conclusão: o lateral parava na faixa próxima da linha do meio de campo, tocava para trás e o adversário conseguia recompor todas as suas linhas. Sendo assim, o Fluminense ficava tocando para os lados sem saber o que fazer com a bola. Que falta faz o Paulo Henrique Ganso

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O Fluminense conseguiu passar sufoco com o Bangu até o apito final. A vitória veio, a classificação foi conquistada, mas não dá para tapar o sol com a peneira. O time sente bastante a falta do Ganso. Sem o maestro, o Mano Menezes também não ajuda com esse estilo “roda presa”. A transição de jogo está péssima, isso é algo escancarado, quem assiste aos jogos do estádio com atenção sabe muito bem o que estou dizendo. A minha dúvida é a seguinte: a comissão técnica não enxerga ou é orientação dela jogar amarrando o jogo?

É bem verdade que o Fluminense ainda precisa contratar, mas ainda acho que mesmo com algumas carências, dá para fazer esse time render melhor. Até aqui, o que vejo é um time no modo “roda presa” e pessimamente treinado.

Estarei no Maracanã em pleno domingo de Carnaval, mas com a consciência de que o duelo contra o Volta Redonda será complicado, porém, com 0,01% de esperança que o time queimará a minha língua…

Forte abraço e ST