Esqueça o 4-3-3, Renato!




Renato Gaúcho (FOTOS: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Esqueça o 4-3-3, Renato! (por Leonardo Moretti)

Já está mais do que claro: com apenas três jogadores no meio-campo, o Fluminense tem enfrentado sérias dificuldades na construção de jogadas. A insistência no 4-3-3 tem levado a uma dependência excessiva dos chutões para frente, especialmente com Freytes, cujos lançamentos muitas vezes errados acabam nos pés do adversário.

A falta de uma saída de bola qualificada é alarmante. Os adversários, conscientes disso, povoam o setor central e conseguem vantagem numérica com facilidade. O resultado é um time previsível, que sofre para criar e não consegue controlar o jogo. O meio-campo é o coração da equipe, e sem consistência nesse setor, não há esquema que funcione. Infelizmente, Renato não dá sinais de que irá mudar essa configuração, o que é lamentável.

Além disso, algumas peças do elenco merecem mais espaço, como Lezcano e Lavega, que precisam jogar para avaliarmos. Em contrapartida, outros como Martinelli, Lima e Nonato precisam mostrar muito mais futebol para justificar suas presenças. No ataque, a contratação de Everaldo foi um equívoco. O erro não está no jogador em si, mas em quem acreditou que um reserva do Bahia poderia suprir a ausência de Kauã Elias.

É importante lembrar que Renato não foi o responsável pela montagem do elenco. A diretoria, sob o comando de Mário Bittencourt, tem parcela significativa de culpa – desde a renovação com o desgastado Mano Menezes até as contratações desequilibradas que pouco contribuíram para um time que, na temporada passada, já lutava contra o rebaixamento.

Renato agora tem a dura missão de fazer esse time jogar bem. E é isso que a torcida exige: desempenho, organização e, acima de tudo, mudanças. Que elas comecem pela formação – e não apenas pela troca de nomes.

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