Um ponto e alguns pontos sobre Juventude 1×1 Fluminense




Hércules (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Um ponto e alguns pontos sobre Juventude 1×1 Fluminense (por Lindinor Larangeira)

O Fluminense trouxe um ponto de Caxias do Sul. Um empate em que o time foi sempre superior ao Juventude. Isso não é vantagem nenhuma, por conta da fragilidade de um sério candidato ao rebaixamento.

A equipe gaúcha é indigente em termos de criatividade e concede muitos espaços aos adversários. Espaços que o Fluminense não soube aproveitar, pelo limitado poder de finalização. O time parece ter receio de chutar de fora da área. Mas o pior é terem entregado uma camisa que tem cheiro de gol, a nossa 9, que já foi de Flávio, Mickey, Doval, Cláudio Adão, Ézio, Washington, seja o do “casal 20”, ou o “coração valente”, e Fred, a um certo “Eve”. Cano, que é 14, não conta para essa relação.

Mais esse tropeço do Fluminense e outros pontos devem ser abordados.

Venderam Kauã Elias, emprestaram o problemático JK, com o passe fixado em alguns caraminguás, e trouxeram Everaldo. A responsabilidade não é do jogador, mas de quem o contratou, bem como de quem o escala.

Como um atleta que era a terceira opção de ataque no Bahia poderia se tornar a solução para o Fluminense? Era óbvio que não podia dar certo.

Outros fatos obscuros na exótica negociação com o tricolor da boa terra, foi que, de credor, o tricolor carioca passou a devedor. Além disso, o jogador teve o salário dobrado, passando de R$ 250 mil, para, como diria o saudoso tricolor Sílvio Santos: “meio milhão de reais”.

Aqui, o ponto é: urge a contratação de um centroavante confiável. Também, é incompreensível que Renato não relacione um dos moleques da base que jogam nessa posição para compor o banco. Ou será que a patética escolha por Renato Augusto como falso 9 é alguma ideia “genial” do treinador, ou uma forma de pressionar a diretoria a se mover?

Muitos pontos na perna foi o que trouxe Kevin Serna da Serra Gaúcha. Na verdadeira agressão do zagueiro Marcos Paulo, nem a falta foi marcada pelo tendencioso e péssimo árbitro Wilton Pereira Sampaio. Infração para vermelho direto e que contou, como quase sempre em jogos do Fluminense, com a omissão do VAR, que, com muita demora, agiu em outro lance. Nesse, o soprador de apito, juiz Fifa, não teve a menor dúvida em expulsar Samuel Xavier. Estranho como, contra o Fluminense, a convicção das arbitragens é imensa.

Creio que se a equipe do VAR deixasse passar batido o claro toque de mão que originou o lance, até o mais pusilânime dos presidentes iria se manifestar contra tal indignidade.

Com seu comportamento blasé e politicamente correto, o mandatário tricolor se cala e consente com a atuação de árbitros que, em, pelo menos, cinco, das nove rodadas, prejudicaram claramente o Fluminense. Para de dormir no ponto, Mário…

Alguns já até desistiram de cobrar o compromisso da defesa institucional, uma das promessas de campanha do Dr. Mário Bittencourt, como um torcedor dos mais chatos, a cada garfada da arbitragem, estarei aqui cobrando ação do presidente e da diretoria. É ponto de honra.

Além da omissão em relação às arbitragens, outro ponto é a letargia para corrigir os erros de planejamento e equilibrar o elenco. Alguém poderia explicar a contratação de Everaldo e Paulo Baya? As renovações de Thiago Santos e Manoel?

Se são verdadeiras as tratativas para trazer Vitinho, Zé Welison e Marcelo Lomba, que teria rejeitado a proposta? Se isso é verdade, o quadro é desalentador. Presidente Mário, a torcida quer reforços de verdade, e não refugos, que só serviriam para inflar a folha salarial do clube.

Na coletiva, Renato pediu reforços. O que foi um ponto positivo, pontuando (ou teria sido ato falho?) que quer “jogadores que façam gols”.

O treinador parece demonstrar um certo desânimo. O que é um ponto negativo para quem é conhecido como um grande motivador. A insistência com o esquema 4-3-3 também é pouco compreensível, já que o time fica amarrado, previsível e concede muitos espaços aos adversários, pelo enorme buraco no meio de campo. Já está passando do ponto de tentar algo novo.

Além de um ponto, o que é sempre melhor do que nada, o jogo trouxe outros pontos positivos, como a boa atuação de Hércules, lembrando um pouco o bom volante do Fortaleza, e o jogo um pouco mais organizado da equipe, que com um pouco mais de capricho e poder de fogo poderia ter quebrado um tabu de 20 anos, trazendo uma vitória do Alfredo Jaconi.

Era possível. Mas vendo Everaldo em campo, confesso que senti uma saudade imensa do Adriano Magrão…

Até a próxima e ponto final.

PS1: Fora Angioni!

PS2: Cadê a defesa institucional, Mário?

PS3: Reforços de verdade e não refugos, diretoria.

 

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