Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho




Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense por 2 a 0 para o Chelsea
Foto: FluTV

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a derrota do Fluminense para o Chelsea

Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o Chelsea

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após a derrota do Fluminense por 2 a 0 para o Chelsea, da Inglaterra, na tarde desta terça-feira (08/07), no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, pelas semifinais do Mundial de Clubes da FIFA:

Eliminação e campanha no Mundial de Clubes

“Sem dúvida alguma a gente sai de cabeça erguida por tudo que fizemos nesse Mundial. Sabíamos que seria um jogo difícil contra uma equipe muito qualificada. Tentamos, sofremos o primeiro gol. Eles fizeram o segundo depois e isso deu uma tranquilidade para eles.

Quanto à campanha do Fluminense, ela foi maravilhosa em todos os sentidos. Fomos passando por grandes adversários, grandes times europeus, do futebol mundial. Chegamos na semifinal e enfrentamos mais um adversário poderoso. Foram melhores, mereceram a vitória. Mas saímos de cabeça erguida por tudo que fizemos. Agora vamos voltar para a nossa realidade, voltar para o Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana. Pode ter certeza que não só o nosso grupo, mas os torcedores, estão felizes pela campanha que fizemos.”

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Pênalti anulado

“Na minha opinião foi pênalti. Eu vi no vestiário. Tem árbitros que dão esse pênalti e árbitros que não dão. Muita gente vai falar que o braço estava colado no corpo. O braço não estava colado no corpo. Estava um pouco aberto. É interpretação do árbitro. Alguns dariam aquele pênalti, como ele deu. Foi ver no VAR e voltou atrás. Eu achei pênalti. Esse tipo de pênalti vamos discutir muito tempo. Mas não vamos nos apegar nessa desculpa, se ele deu ou não. Se tivéssemos o pênalti, teríamos feito o gol e seria outro jogo.”

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Maior responsabilidade na volta ao Brasil

“Nós vamos ser mais cobrados ainda. Somos cobrados diariamente. Por essa campanha, o torcedor se animou, se alegrou. E vai querer as mesmas apresentações. É difícil motivar o grupo, que estava jogando para o mundo todo. Mas essa parte vou trabalhar bastante com os jogadores. Nossa responsabilidade aumentou por chegarmos à semifinal. Mas, agora, vamos voltar ao Brasil, dar dois, três dias de folga para todo mundo recuperar. Todo mundo está precisando disso. Estamos há um mês aqui fora. Na volta, provavelmente na segunda-feira, vou ter esse papo com o grupo. E provamos que temos condições de voltarmos ao Brasil e brigarmos.”

Análise da derrota para o Chelsea

“O jogo estava bastante controlado. Sabíamos que íamos receber uma pressão muito grande do Chelsea, aconteceu isso no início do jogo. Estávamos sabendo sofrer, mas infelizmente para nós o João Pedro acertou aquele chute de fora da área, fez aquele belo gol.

Quando você sai na frente é uma vantagem muito grande, principalmente se tratando do calor, você tem que ficar correndo atrás do adversário. Procurei mudar no início do segundo tempo, infelizmente em um contra-ataque não matamos a jogada e sofremos o segundo gol. Isso deu uma tranquilidade para maior para eles.

Depois, abri mais o time, coloquei o time mais para a frente, criamos algumas situações, mas é difícil enfrentar uma equipe qualificada como é o Chelsea. Eles souberam aproveitar as oportunidades e infelizmente não soubemos aproveitar as nossas. No momento em que estava 1 a 0, tivemos aquele pênalti, bastante discutível. Alguns árbitros dão e outros não. Não estou dando desculpas, mas se ele tivesse dado o pênalti e nós tivéssemos feito o gol, a história do jogo teria sido totalmente diferente.”

Legado para os treinadores brasileiros

“Eu acho que a credibilidade voltou bastante forte para o futebol brasileiro. Pelas grandes equipes, tanto o Flamengo, o Botafogo e o Palmeiras. Agora, o Fluminense chegando à semifinal. Em termos de Europa, não só o mundo, mas que o Brasil possa olhar com outros olhos o treinador brasileiro. Valorizar mais os treinadores brasileiros também. Nada contra os estrangeiros, tem espaço para todo mundo, mas muita gente fala só dos estrangeiros e dão pouco interesse para os brasileiros. Acho que o mundial fez os brasileiros subirem na cotação. Que a gente tenha um pouco mais de respeito com os treinadores brasileiros. Sei que isso é difícil, mas espero que aconteça.”

Contratação de João Pedro durante o Mundial de Clubes

“Aí entra no esquema de não adiantar os brasileiros quererem competir com os europeus em termos financeiros. Se eu não me engano, o João Pedro custou mais de R$ 400 milhões ao Chelsea. Inviável para qualquer clube brasileiro. Até para Flamengo, Palmeiras, Botafogo… Não dá para competir na parte financeira. Os brasileiros formam jogadores para vender para a Europa para sobreviver. Essa é uma realidade desde a minha época de jogador. Não tem para onde correr. E nem sempre quando você vende um jogador, você tem certeza que ele vai despontar. O João Pedro, com certeza, está despontando, um grande jogador, nível de seleção brasileira. São coisas que acontecem no futebol.”

Estratégia não deu certo contra o Chelsea?

“Nós sabíamos que teríamos dificuldades, porque o Chelsea marca forte, marca sob pressão o tempo todo. Normalmente, quando saíamos jogando, errávamos muitos passes por dentro, entregamos muito a bola para o Chelsea e, nos momentos que estávamos saindo, eles empregavam a gente com os espaços, e isso criou muita dificuldade. Um time bastante qualificado, em três ou quatro toques chegam perto da nossa área, justamente porque eles têm velocidade pelos dois lados, jogadores inteligentes no 1 contra 1.

Costumo falar que sou fã de jogadores que gostam do 1 contra 1, porque abrem defesas adversárias com a velocidade. Isso, o Chelsea tem de sobra. Mesmo assim, começamos a controlar o jogo depois, mas o João Pedro acertou aquele chute, e as coisas melhoraram para eles. Tentamos brigar no segundo tempo, mas eles fizeram o segundo gol no contra-ataque. Abrimos o time, demos chances para o contra-ataque, criamos oportunidades, mas infelizmente não conseguimos fazer o gol que poderia fazer a gente ressurgir. Mas saímos de cabeça erguida.”

Ausência de Samuel Xavier

“Samuel saiu no último jogo com muita dor na perna. Conseguiu se recuperar, mas não estava 100%, então seria um risco grande colocá-lo para jogar desde o início, principalmente por causa do jogador de velocidade que eles tinham naquela posição.”

Decisão de João Pedro de não comemorar

“Cabe ao jogador tomar essa decisão. Ele é cria de Xerém, do clube. Por respeito ao nosso torcedor, ele achou melhor não comemorar. Eu, particularmente, achei bonito. Cada jogador toma sua decisão no campo. Alguns, mesmo sendo criados no clube, comemoram. Outros, não. Por respeito, ele achou melhor não comemorar.”

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