Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a derrota para o São Paulo




Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota para o São Paulo
Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a derrota para o São Paulo

Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o São Paulo

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após a derrota do Fluminense por 3 a 1 para o São Paulo, na tarde deste domingo (27/07), no Morumbi, pela 17ª rodada do Brasileirão 2025:

Constantes mudanças na escalação 

“Tem que colocar na balança para ver o que é melhor. Colocar quase sempre os mesmos jogadores e estourar os jogadores? Eu sempre falo que tenho um grupo e tenho que dar oportunidades para todo mundo. Até porque preciso de uma equipe descansada. É um risco que se tem em mudar. Mas lá no Mundial a gente estava praticamente fazendo a mesma coisa e estava todo mundo saindo elogiado. Sei que a gente precisa melhorar. Há duas semanas estava tudo maravilhoso. São os mesmos jogadores, comissão técnica e diretoria. Então agora não está tudo errado. A gente vai continuar trabalhando. Nunca esquecendo também, todo mundo teve férias, pré-temporada, recuperou jogadores e o Fluminense não teve um dia de folga sequer. A cada três dias temos que entrar em campo tentando dar uma resposta.”

Esquema com três zagueiros 

“O esquema com três zagueiros, a gente sempre jogou bem, nos espelhamos também no time de São Paulo. Infelizmente, eu falei que nós não tínhamos o lateral esquerdo, nós tínhamos o garoto da base, mas ele tem 17 anos, ele não está pronto ainda, é arriscado se colocar um jogador numa partida pesada como essa.”

Modificações no segundo tempo 

“Foi uma mudança de esquema mesmo, eu realmente percebi isso, nós não estávamos agredindo o adversário, estávamos sendo agredidos. Eu sempre falo para eles que é difícil fazer gol, a gente não pode ficar tomando gol toda hora porque você tem que se expor, você tem que abrir o time, tem que começar a dar espaço para o adversário. Procurei abrir o time, coloquei o time ainda mais pra frente, é lógico, o adversário sempre se aproveita dos espaços que a gente deixa, mas o time melhorou, conseguimos atacar mais a equipe de São Paulo, mas, infelizmente, conseguimos fazer apenas um gol. Quando o jogo estava começando a ficar bom para gente, teve o segundo gol do São Paulo.

VAR no segundo gol do São Paulo 

“Eu não estou dando desculpa, eu não dou desculpa, eu assumo sempre a responsabilidade, mas é se pensar, nós estamos em 2025, século 21 e a gente não tem uma definição por parte do VAR de uma jogada. Pelo que eu vi, estou falando pelo que eu vi e todo mundo que está aqui viu, o Ferreirinha estava impedido. Agora, se o VAR tem uma outra linha, ele tem que mostrar para a gente. Não é possível que a CBF não vá mostrar o lance. Porque se for esse lance que a gente viu aqui no estádio, o Ferreirinha estava impedido. E aí eu não sei da onde que o VAR tirou que foi gol. O jogo estava 1 a 0.

Ninguém está dando desculpa. Mas é outro jogo 1 a 0. É outro jogo 2 a 0. Então a gente não entende. A gente toda rodada tem um problema com o VAR. Toda rodada tem um problema com algum clube. Então só queria ver esse lance. O VAR tem que mostrar. A CBF tem que mostrar. Aí amanhã, aparece o lance. Isso está impedido. Aí o São Paulo se beneficiou. O Fluminense foi prejudicado. Então esse tipo de erro, às vezes, tira uma equipe de um campeonato. Rebaixa uma equipe, dá um título para outra. Chega, tira a vaga de alguém para a Libertadores. Enfim, não pode. No século 21, em 2025, a gente ter uma indecisão dessa com os equipamentos todos que eles têm.”

Situação de Ganso

“O Ganso, ele faz parte do grupo do Fluminense, está tendo oportunidades, como os outros jogadores. Tem que rodar o grupo, então quem entrar em campo, não importa se está começando, independentemente do esquema, tem que ter a entrega, tem que ter o foco no trabalho e quem entra tem que ter o mesmo pensamento.”

Pretende priorizar alguma competição?

“A gente tem trabalhado em todas as competições. A gente não se descuida do Brasileiro, da Sul-Americana e Copa do Brasil. Nós tivemos um dia para recuperar da nossa viagem (da Copa do Mundo de Clubes). Todo mundo (os demais clubes) está de tanque cheio. A cada três dias a gente precisa entrar em campo e dar resultado. Tem três competições. A gente vai aqui e ali? Não. Todo mundo quer ganhar. O Fluminense também quer ganhar. Ali na frente, se a gente achar que precisa direcionar em alguma competição, é com o presidente, diretoria.

A gente conversa e troca ideia. A princípio, a gente procura ganhar toda competição que disputa. Mas a gente sabe que quem muito quer nada tem. O Fluminense está disputando três competições. Se for ver o calendário, desde que cheguei no Fluminense, ficamos uns 10, 12, 15 dias sem jogar nos Estados Unidos. Hoje jogamos aqui, quarta contra o Internacional na Copa do Brasil, sábado a gente joga contra o Grêmio, na outra quarta, com o Internacional. No sábado, joga contra o Bahia. Viaja para a Colômbia para jogar contra o America (de Cali) na Sul-Americana, volta no sábado para jogar, se não me engano, com o Fortaleza. Ninguém aguenta, só que todo mundo quer ganhar, todo mundo quer cobrar, quer que o time jogue bem, corra e vença o adversário.

Confira também: Notas das atuações de São Paulo 3 x 1 Fluminense 

Não é de hoje, não é uma desculpa, mas é uma realidade. Enquanto a gente tiver esse calendário, a cada três entrar em campo, vai ficar difícil. Vocês da imprensa tem que entender isso. Não é de hoje, não é de culpa, isso é de anos. Aí o treinador tem que mudar o time, porque vocês não têm as informações que o treinador tem, se o jogador está desgastado, pode sofrer uma lesão. Daqui a pouco estão criticando: “esse fulano não está jogando por quê?”. Ou daqui a pouco você põe o cara para jogar e ele tem uma lesão muscular. Ou você tem dois jogadores para a posição, você perde um e tem que colocar outro para jogar sete, oito jogos seguidos. É muito difícil. Mas é uma realidade que a gente tem que enfrentar, só que infelizmente algumas pessoas entendem e outras não. Querem ganhar, que o time corra, jogue bem. É bem difícil nessas horas.”

Gols sofridos em bolas paradas

“Tem que ter aquele foco, concentração que a gente vinha tendo antes do Mundial e durante o Mundial. Estávamos focados nos 90 minutos. Falo com eles que a gente não pode se descuidar em momento nenhum. O adversário tem sido letal contra a gente. A gente tem que procurar evitar que tome esse tipo de gols. É falta de tempo para treinar, falta de foco em alguns tipos de jogadas. A gente tem tomado gol. Nos últimos quatro jogos, tomamos oito gols. Basicamente falta um pouco de concentração nesses gols todos. Já é difícil fazer gol. A gente não pode proporcionar essas oportunidades para o adversário.”

Ineficiência ofensiva

“São Paulo marcou bem. Nós não tínhamos jogadas pelo lado esquerdo. O São Paulo viu que não tínhamos lateral. Isso dificultou um pouco. A marcação do São Paulo foi muito boa, tirou os espaços. Quando a gente chegava perto da área do São Paulo, às vezes se precipitou. Ali tem que ter calma. Precipitamos, desperdiçamos talvez uma melhor jogada. O São Paulo se aproveitou, fez o gol. É sempre bom quando a equipe sai na frente. Ela tem uma tranquilidade maior, principalmente dentro de casa.”

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