Pesquisa sobre as maiores torcidas do Brasil
Pesquisa fajuta
(por Lindinor Larangeira)
A palavra “fajuta” é um adjetivo feminino singular, derivado de “fajuto”, que significa falso, enganador, de má qualidade ou não confiável. Pode se referir a algo que parece ser verdadeiro, mas não é, ou a algo malfeito e de baixa qualidade. Também pode descrever uma pessoa em quem não se pode confiar.
Talvez essa palavra seja o melhor sinônimo para essas pesquisas que dizem medir o tamanho das torcidas.
Dois clubes do coração? Como Assim?
“As somas podem ser maiores que 100% porque foram consideradas as respostas de torcedores que dizem ter dois clubes do coração.”
Bastaria essa justificativa para desqualificar a tal pesquisa, realizada pelo Ipsos/Ipec, entre 5 e 9 de junho deste ano, que entrevistou 2 mil pessoas, em 132 municípios. Segundo o instituto, a margem de erro é de 2 pontos percentuais. Será que algum pesquisador ou estatístico sério acredita nessa margem de erro?
Até o “insuspeito” Mauro Cezar Pereira não leva muita fé nos resultados
Em seu blog, até o jornalista Mauro Cezar Pereira, que não morre de amores pelo Fluminense, levantou dúvidas sobre os resultados apresentados. Disparates como a torcida do Grêmio ser quase o dobro da do Internacional e a do Sport ser maior do que a do Fluminense, foram alguns dos comentários de MCP.
É bom lembrar, que em uma dessas pesquisas, há algum tempo, tiveram a cara de pau, ou mesmo o mau -caratismo de apontar a torcida tricolor do tamanho da briosa galera da Lusa do Canindé.

Um produto para atender o cliente
Mas afinal, para o que servem então essas pesquisas? Para muitas coisas. A principal é fortalecer a narrativa do cliente, Grupo Globo, na hora da divisão das cotas de TV. Também para ocupar espaços da principal organização da mídia brasileira. No centenário jornal, a primeira reportagem abordando a tal pesquisa foi publicada na segunda-feira, 28/7, e outras matérias serão estampadas até o próximo domingo. Haja saco!
Sobre o marketing do Fluminense
É verdade que os dirigentes do Fluminense, dessa e de outras gestões, não têm e não tiveram uma política de fidelizar o torcedor. Clubes do Nordeste, como Bahia e Fortaleza são bons exemplos de como construir um bom relacionamento com a arquibancada .
E realmente é inacreditável como o marketing do Fluminense perde oportunidades. O momento de euforia após a conquista da Libertadores, e mesmo a campanha histórica da Copa do Mundo de Clubes, passam batidos, tal a inação, ou seria incompetência?
Mas como diria o grande filósofo do futebol, o saudoso presidente corintiano, Vicente Matheus: “Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa”. Se o marketing do Fluminense tem que melhorar muito, essas pesquisas são o famoso “me engana que eu gosto”. E a mim, nunca enganaram.
PS: Esse texto é um desabafo de inteira responsabilidade do seu autor.
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