Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a derrota para o RB Bragantino




Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota para o Red Bull Bragantino
Foto: Reprodução / FluTV

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a derrota para o RB Bragantino

Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o Red Bull Bragantino

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após a derrota do Fluminense por 4 a 2 para o Red Bull Bragantino, na tarde deste sábado (23/08), no Estádio Cícero de Souza Marques, pela 21ª rodada do Brasileirão 2025:

Derrota para o Red Bull Bragantino

“Antes de entrarmos em campo, eu reuni o grupo e falei novamente para eles. Olha só, “estou sentindo que vocês não estão focados no trabalho”. Vocês vão entrar lá e, infelizmente, vai acontecer o pior. Estou avisando vocês, para vocês acordarem, porque a coisa vai acontecer, aconteceu. No intervalo do jogo, eu falei a mesma coisa, entrem ligados, entrem focados, entrem concentrados no trabalho de vocês. A gente voltou para o jogo com esse gol. E, infelizmente, a coisa aconteceu de novo. A gente procura alertá-los, a gente procura falar para eles o que pode acontecer. Infelizmente, não entramos concentrados da maneira que nós tínhamos que entrar. Tomamos dois gols com quatro minutos. E aí qualquer esquema tático vai por água abaixo.

No segundo tempo a gente tem que abrir o time, tem que se expor, tem que dar espaço para o adversário e aí aconteceu o que aconteceu. Mesmo assim conseguimos fazer o segundo gol. No momento que a gente estava crescendo na partida eu ia fazer mais algumas substituições, colocar ainda mais o time para frente. Aí, infelizmente, no lance de total infelicidade o Guga escorregou e nós tomamos o quarto gol. Ficou o jogo aberto, eles tiveram alguma chance, nós tivemos outra chance.”

Renato Gaúcho

Lições após a derrota 

“É um jogo para aprender bastante, tirar de lição, tirar como exemplo e guardar na memória. Então esse é o meu tema com o meu grupo para os próximos jogos, apesar que eu alerto ele sempre sobre isso. Mas, mais do que nunca, infelizmente nós tivemos os exemplos hoje, falhamos bastante, tomamos quatro gols, pagamos pelos nossos próprios erros, não tirando os méritos do Bragantino, mas, infelizmente, nós facilitamos muito a vida deles e perdemos um jogo que a gente poderia ser aqui com um resultado melhor.”

Defesa mais vazada que o lanterna

“Foi desatenção mesmo, não podemos tomar quatro gols por falhas nossas. Não tirando os méritos do adversário. Falhas nossas. Não pode acontecer no futebol, eles forama alertados. Quando eles entram concentrados, a coisa não acontece. Quando não estão concentrados, infelizmente a coisa acontece como aconteceu com quatro minutos de jogo, 2 a 0. É difícil, aí tem que ficar correndo atrás. Sobre a defesa mais vazada, é triste, eu não gosto, até porque a gente muda o time toda hora.

Mas o lanterna está lá atrás, o meu time está no meio da tabela. Se temos a defesa mais vazada que o lanterna, você faz a outra conta e vê quantos gols nós fizemos e quantos o lanterna fez. Trabalhamos bastante para não tomar gol, mas o meu time joga para frente, faz gol em todos os jogos. Não gostaria de tomar tantos gols assim, mas no momento que se expõe está sujeito a tomar gol mesmo.”

Pênalti não marcado para o Fluminense

“Estava 2 a 1 pro Bragantino, no último lance do primeiro tempo, nós tivemos um pênalti. Então muita gente pode falar foi pênalti, não foi pênalti. Bom, o que eu tenho para falar desse lance. O Rodrigo, diretor de arbitragem da CBF, o Péricles, a pessoa encarregada de cuidar do VAR. A CBF sabe que eu sou um cara que defende a arbitragem, dou moral para a arbitragem, mas tem horas que eu também tenho que falar. Uma pessoa, no caso, a pessoa do VAR, não é só no nosso jogo, isso é para o bem do futebol brasileiro. Não é só no nosso jogo que aconteceu hoje. Não pode, de maneira alguma, não pode. E nós temos exemplos, isso no Brasil, inclusive. Não pode uma pessoa só tomar uma decisão. Eu quero falar com isso.

O VAR apita o jogo. Eu estou falando isso há 10 anos. O VAR apita o jogo. O VAR não pode apitar o jogo sozinho. Uma pessoa do VAR não pode decidir o que é certo e o que é errado dentro do campo. O árbitro é o dono do jogo. E muitos árbitros falam, “eu que mando no jogo”. Ele está certo, ele que manda o jogo. Então, mais uma vez, vou dar um conselho para as pessoas da CBF. Manda o VAR quando ele tiver uma indecisão, e uma indecisão ele tinha hoje, para ter certeza, porque aquilo é pênalti. Que no momento que o Facundo tenta dar o chapéu, tenta dar o drible nele, ele está com o braço aberto. Quando a bola pega no braço dele, ele joga o braço para trás.

VEJA AINDA: Notas das atuações de RB Bragantino 4×2 Fluminense

Bom, para quem jogou futebol, vê que foi pênalti. Mas aí tem uma pessoa do VAR, que nunca jogou futebol, que acham que não é pênalti. Ninguém falou que a gente iria fazer o gol, mas nós teríamos grande possibilidade de acabar o primeiro tempo com o jogo empatado. Então, o que eu quero falar, um lance desse, o VAR não pode decidir sozinho. Ele tem que chamar o árbitro. Ele tem que ter a segunda opinião.

Não é porque o VAR chama o árbitro que o árbitro vai mudar de opinião, porque muitas vezes o árbitro não está vendo o lance direito. O VAR está indeciso, chama o árbitro, conversa, troque ideia. Olha, eu acho isso. O que você acha? São duas pessoas, no mínimo, que tomam uma decisão, porque uma decisão de uma jogada errada pode botar um time para a segunda divisão, pode dar um título para um clube, pode tirar uma vaga da Libertadores. Enfim, pode acontecer um milhão de coisas.

Não pode uma pessoa tomar uma decisão, porque ela vai prejudicar. Tem que acabar com esse negócio se o VAR apitar o jogo. Eu não sou contra o VAR. Pelo contrário, sou totalmente a favor do VAR. Se tem a máquina, a máquina tem que ser usada para o bem. Agora, não pode uma pessoa achar, “ah, não foi pênalti, ou foi pênalti”. Faz o seguinte, chama o hábito desses lances, chama árbitro, conversa com o árbitro.. Então, tem que acabar com isso no Brasil. O VAR tem que parar de apitar o jogo sozinho, tem que parar, e a gente está vendo os erros infantis que o VAR tem cometido no jogo. Não é só no jogo do Fluminense, não. Porque uma pessoa só toma decisão. E no momento em que uma pessoa só no Brasil toma decisão, bom, a gente vê o que acontece, né?”

Utilização de Bernal como zagueiro mesmo com Igor Rabello no banco de reservas

“Eu estava guardando as últimas substituições para colocar o time totalmente para a frente, mais dois atacantes, inclusive o Kennedy e o Everaldo quando estava 3 a 2, mas tomamos o quarto gol. Se eu fizesse as substituições da minha cabeça, ia abrir demais o time e era capaz de tomar 5 ou 6. Parei e pensei.

Quanto ao volante, eu fazia muito isso no Grêmio e aqui no Fluminense. O Manoel é um jogador de 34/35 anos e vem jogando a cada três dias, tirei ele, coloquei o Facundo para trás, que é um garoto, e coloquei o time ainda mais para frente com o Nonato, que é um menino que sabe jogar. Não poderia trocar um zagueiro por outro porque não mudaria nada na parte tática. Então coloquei um volante que tem a saída de bola melhor, que teríamos o controle do jogo. Um zagueiro pelo outro é trocar seis por meia dúzia, chover no molhado. Preciso de qualidade na saída de bola.”

Como você avalia o seu trabalho pelo Fluminense no Brasileirão?

“Nota 10.”

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