Fluminense: Um mistério chamado Xerém



Xerém

Fluminense: Um mistério chamado Xerém

(por Lindinor Larangeira)

Para além da vexatória apresentação do Fluminense Football Club contra um remendado RB Bragantino, muitas questões, que extrapolam o campo/bola precisam ser levantadas. Como a imprensa esportiva carioca já morreu, faz tempo, aproveito para fazer algumas indagações, que, creio, também sejam de boa parte da nossa torcida.

Começando pela escalação do jogo de sábado. Por que NENHUM jogador da base iniciou a partida? Ou mesmo foi utilizado em qualquer substituição? O que há Renato? É opção dar tão poucas oportunidades aos moleques de Xerém, e, ao mesmo tempo insistir com jogadores tecnicamente limitados, ou então com alguns que são verdadeiros ex-jogadores em atividade?

Se o calendário é pesado, por que não usar mais a garotada?

Em praticamente todas as coletivas, Renato se queixa da irracionalidade de um calendário massacrante. Perfeito. Porém, se o fato de jogar de três em três dias exige uma rodagem do elenco, para evitar a rotina de lesões, por que não usar mais os moleques da base? A alegação de que “eles não estão preparados”, só pode ser constatada na realidade, se esses atletas forem colocados em campo.

A verdade é que os dois jovens que entraram recentemente, entraram e deram conta do recado. Júlio Fidelis e Davi Shuindt enfrentaram um dos melhores times do Brasil, o Bahia, e foram muito bem.

O lateral foi um dos melhores em campo, e o zagueiro mostrou a segurança de um veterano, o que reafirmou em outro jogo, esse contra o Fortaleza.

Por que, mesmo quando a molecada mostra qualidade e maturidade, nem no time alternativo se dá minutagem a eles?

Júlio Fidelis
Júlio Fidelis (Foto: Marcelo Gonçalves/ Fluminense FC)

Manoel, Thiago Santos e Lima, em detrimento da garotada

A renovação até o final de 2025 dos contratos de Manoel e Thiago Santos, que venceram em dezembro do ano passado, foi uma das atitudes mais estranhas, dentre muitas outras, da atual diretoria. Manoel, inclusive foi oferecido por empréstimo a outros clubes. Então por que teve a extensão do vínculo contratual? A diretoria deveria responder sobre isso. Como Renato deveria esclarecer por que o escala.

Thiago Santos também deveria ter sido dispensado ao término do contrato, mas também permanece até dezembro. Ou seja, ao invés de procurar dois novos zagueiros no mercado, a diretoria premiou jogadores de performance, pra lá de duvidosa. Como nada é tão ruim que não possa piorar, ainda trouxeram, talvez para reforçar o DM, o veterano Igor Rabello, que não deixou qualquer saudade no Atlético, que já contratou dois jovens zagueiros para o lugar do refugo.

Sobre Lima, parece ser o novo Ygor de Renato Gaúcho.

Sonho de jogar na Ucrânia?

Enquanto outros times utilizam suas bases, como vimos, no final de semana, o Corinthians colocar três “moleques do terrão” e vencer seu jogo, inclusive com gol de um deles, o Fluminense liquida o seu futuro, com vendas absolutamente inexplicáveis.

Será que o sonho do garoto Isaque é jogar na Ucrânia, país que vive uma longa guerra, contra o invasor russo? O “realizador de sonhos”, que preside o clube poderia explicar.

Será que o Fluminense, que nesta temporada teve, até agora, um robusto faturamento, e, a depender do desempenho nas Copas, poderá ser o maior da história, está com o pires na mão, para vender às pressas uma das grandes joias de Xerém?

Isaque
Isaque – Foto: Fluminense Football Club

Pra que serve, ou a quem serve, Xerém?

Amplamente reconhecida como uma das melhores bases do futebol brasileiro, Xerém deveria fornecer o pé-de-obra para mudar o clube de patamar. Isso em uma gestão, minimamente, profissional. O que vemos é nossos garotos saindo a preço de banana. A maioria sem dar o retorno técnico. E o pior: reforçando depois os adversários.

Alguns, como o lateral recém-contratado pelo Palmeiras, Jefté, nem oportunidades no time principal tiveram. A narrativa dos passadores de pano de sempre era: “é um jogador muito fraco”. Algo que um clube bem mais profissional do que o Fluminense de Mário e Angioni, parece discordar.

Nessa conjuntura de fatos nebulosos, algumas perguntas não querem calar: com tantos descalabros, quem ganha com isso? Apenas os agentes dos atletas? Ou tem mais gente levando vantagem?

PS1: Foco total nos primeiros 90 minutos da decisão contra o Bahia. Qualquer erro aqui pode custar muito caro.

PS2: Sobre a última indagação, por que os tais candidatos da “oposição” não falam em fazer uma auditoria em Xerém e na gestão do clube?

Compartilhe o artigo em suas redes sociais!

Siga o Explosão Tricolor no WhatsAppFacebookInstagram e Rede X 

Saudações Tricolores!

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário