Mais uma derrota na conta do treinador do Fluminense




Renato Gaúcho - FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.
Renato Gaúcho - FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

Mais uma derrota na conta do treinador do Fluminense

(por Lindinor Larangeira)

Cadê a coragem de jogar? O espírito de time grande? A ambição de vencer, Renato? Seu conservadorismo, covardia e medo de perder, tudo isso pode até ser tolerável para alguns, como dirigentes omissos, jornalistas, youtubers ou influencers passadores de pano, que preferem criticar a torcida.

Era possível sair com os três pontos de La Fortaleza. Bastava acreditar e jogar um pouco de futebol.  O que ficou claro a partir da metade do primeiro tempo, quando o time botou a bola no chão e dominou o limitado Lanús. No segundo tempo, o Fluminense Football Club abdicou de jogar, se limitando a defender e fazer o tempo passar, satisfeito com o empate.

Por outro lado, os argentinos, pelo menos, buscavam, sem muita inspiração, a vitória. No final, o esforço da equipe granate foi premiado. Justo castigo para um treinador frouxo e para um time indolente.

Técnico é a imagem da diretoria se olhando no espelho 

A postura de Renato tem uma estranha simetria com a da atual diretoria do clube, como se a imagem refletida em um espelho, quando o treinador olhasse, fosse a dos dirigentes, e vice e versa. Nesse espelho sinistro, o compadrio, em detrimento do profissionalismo é a regra. Sem trocadilho, fazendo uma reflexão, é panela que chama?

Como várias perguntas não são feitas nas inúteis e tediosas coletivas, mesmo tendo a certeza da falta de respostas, cabe perguntar: o que houve com Keno? Preterido pelo péssimo e ineficaz Soteldo, Renato? Foi você que bancou a contratação desse jogador, quando a prioridade para o restante da temporada era mais um centroavante, agora, contra a realidade, quer validar essa contratação, prejudicando seguidamente o time?

Outras indagações são sobre a insistência no esquema com três volantes, com o horrível Everaldo, além da pouca utilização de JK e da molecada de Xerém.

Renato Gaúcho revelou que já conversou com John Kennedy
Foto: Fluminense FC

Classificação é obrigação

A frase mais repetida pelo treinador, em mais uma patética coletiva, foi: “No Rio vai ser diferente”. Essa diferença poderia ter começado no jogo de ida, Renato. Mas a covardia custou mais uma derrota. Resultado que vai para a sua conta.

Na Copa do Brasil, vivemos situação que só não é idêntica porque contra o Bahia, o time jogou futebol na partida de Salvador. Na Argentina, o Fluminense teve mais uma atuação infame. Com direito a um espetáculo constrangedor no segundo tempo.

Com o apoio da torcida, mais coragem, organização e atitude, é perfeitamente viável reverter o resultado no Maracanã. A classificação é mais do que uma obrigação. Acreditar, a torcida acredita. E já que quem de direito não faz a devida cobrança ao técnico da equipe, o que se vê é uma torcida que já começou a ficar de saco cheio desses equívocos, que têm virado derrotas sucessivas. Principalmente, no final dos jogos.

O time foi poupado no Brasileirão e se poupou de jogar futebol na Copa Sul-Americana, competição mais acessível para chegar a um título em 2025. Conquista que pode render pontos importantes no ranking da Conmebol, premiação, vaga na Libertadores de 2026, além de uma inédita tríplice coroa sul-americana, no espaço de três anos.

É vencer ou vencer. Ou melhor: é classificar ou classificar. Caso contrário, a paciência da torcida vai se esgotar. Se é que já não se esgotou, Renato.

PS1: O jogo contra o Vitória virou uma partida de seis pontos. É poupar Thiago Silva e alguns jogadores, não o time todo.

PS2: O garoto Davi Shuindt, que jogou duas boas partidas, é sempre preterido por Manoel e Thiago Santos por quê?

PS3: JK tem que entrar no sábado, para ir ganhando ritmo de jogo. Everaldo não dá.

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