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Fluminense: “É verdade, Renato Gaúcho, o futebol acabou mesmo…” (por Vinicius Toledo)
O Fluminense Football Club dançou na Copa Sul-Americana 2025 para o Lanús. Essa doeu bonito, pois era disparadamente a mais acessível para conquista de título, e ainda tinha o peso histórico que era o de ser o primeiro carioca a conquistar títulos continentais durante três anos seguidos.
A equipe tricolor teve tudo para matar o jogo no primeiro tempo. O placar de 1 a 0 ficou barato para os argentinos. Porém, a vida é feita de escolhas.
Everaldo com a camisa nove do Fluminense é uma aberração, mas bancada pelo trio Mário Bittencourt, Paulo Angioni e Mano Menezes no início da temporada. O que foi a cabeçada que esse cara deu pro alto no primeiro tempo? É o que sempre falo: o acabamento das jogadas é algo que precisa ter uma qualidade mínima para caprichar na última bola. O Everaldo não tem. E nunca terá.
A montagem inicial funcionou bem. O Lucho Acosta organizou o meio de campo. Estava tudo ok. Era uma questão de paciência.

Veio a etapa final. Segundo os bastidores, o Hércules pediu para sair, pois estava desgastado fisicamente. Entrou o Otávio, que teve uma boa atuação na vitória sobre o Vitória, no último sábado, pelo Brasileirão 2025.
O gol do Lanús deixou todo mundo desnorteado, inclusive, o Renato Gaúcho, que desmontou a estrutura do time toda. Ele simplesmente sacou o Lucho Acosta, que era o organizador, ou seja, afundou o time sob o ponto de vista tático. Sendo assim, o meio de campo ficou com Otávio e Martinelli. No ataque, Keno, Riquelme, Germán Cano e Jhon Kennedy.
Restou apenas fazer chuveirinho. Essa foi a solução apresentada pelo técnico que recebe um dos maiores salários do futebol brasileiro. Mesmo assim, o Keno quase fez um gol e o Riquelme cruzou para o Germán Cano cabecear na trave.
O Renato Gaúcho tem a parcela de culpa dele. Isso é indiscutível. Porém, a montagem de boa parte do elenco para a temporada foi feita pelo Mário Bittencourt, Paulo Angioni e Mano Menezes.

A contratação do Soteldo foi um pedido do Renato Gaúcho, ele mesmo assumiu essa responsabilidade publicamente. No entanto, a caneta que assinou o cheque e as condições altamente danosas do Fluminense, incluindo, um salário milionário, foi a do presidente Mário Bittencourt.
Outro ponto: a venda do Jhon Arias. O colombiano era “meio time” do Fluminense desde 2022. Isso ajudou a mascarar muitas questões técnicas, pois o “Pelé da Colômbia” realmente desequilibrava. Essa é uma grande verdade.
Renato Gaúcho jogou a toalha, mas fez questão jogar a total responsabilidade nas redes sociais. Pois é, o Fluminense tem o Everaldo no comando do ataque, Soteldo, que nunca ganhou nada, mas com salário milionário, renovou com o Guga por quatro anos, a diretoria gastou quase 200 e poucos milhões em contratações e o time rodou na Sul-Americana por um clube de bairro argentino. É verdade, Renato Gaúcho, o futebol acabou mesmo…
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