Os primeiros trabalhos de Zubeldía no Fluminense




Luís Zubeldia - (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC)
Luís Zubeldia - (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC)

Luís Zubeldia no Fluminense

Os primeiros trabalhos de Zubeldía no Fluminense (por Lindinor Larangeira)

Seja bem-vindo, Professor Luis Zubeldía. Sua chegada representa uma mudança de paradigma no futebol do Fluminense Football Club. Desde a passagem meteórica de Hugo de León, há 28 anos, o clube não tinha um treinador estrangeiro. A escolha do argentino me parece acertada neste momento conturbado, com a saída de Renato Gaúcho.

Zubeldía assume em situação muito melhor do que Mano Menezes na temporada passada, além de me parecer um treinador com possibilidades de ascensão e evolução, diferente do veterano Mano, técnico da velha escola gaúcha, de Carlos Froner e Rubens Minelli, que embora paulistano, talvez tenha sido o mais gaúcho dos treinadores.

Arrumar a casa: a primeira missão

Com um elenco desequilibrado e um time em que alguns jogadores, mesmo produzindo pouco ou nada, são titulares absolutos, caso concreto de Everaldo, o novo comandante tem que “trocar o pneu com o carro em movimento”. Conhecer o grupo, definir um time base, um esquema e um modelo de jogo. Ou seja, arrumar o que Renato desarrumou.

Sendo assim, depois da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, o organizado Fluminense, do esquema 3-5-2, voltou ao 4-3-3 e se transformou em um bando, sem qualquer padrão de jogo. Era chutão pra frente e aposta da força física e velocidade de Serna e Canobbio. Muito pouco para o alto investimento que a diretoria fez no elenco, com muitas contratações equivocadas, e na comissão técnica.

Everaldo - Fluminense Football Club
Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Os dois trabalhos, neste ano, de Zubeldía

Na mitologia, Hércules, que não é o nosso ótimo volante, teve 12 trabalhos. Até o final da temporada, o novo treinador tem duas tarefas, que têm uma premissa: vaga na Libertadores 2026. O Brasileirão e a Copa do Brasil são os dois caminhos nessa jornada.

No Campeonato Brasileiro, é necessário que o time faça uma corrida de recuperação. É possível termos um G7, ou G8, que daria vaga na fase prévia da competição continental. Porém, é mais seguro chegar, pelo menos em sexto, o que, no momento é difícil, mas se o desempenho do time melhorar, se tornaria factível. Se possível, com duas vitórias nos jogos atrasados.

Sobre a Copa do Brasil, muita coisa ainda vai acontecer. O Vasco será um adversário difícil. Se passarmos, Cruzeiro ou Corinthians, ainda mais complicados. É possível? Sim, porém, vai depender qual o Fluminense teremos no final da temporada.

Dito isso, hermano Zubeldía, TMJ!

PS: Domingo é dia de derrubar um incômodo tabu. Afinal, o bairro sempre foi freguês.