NÓS SOMOS A HISTÓRIA! – “Samba em Paris”

27 de julho de 2016 Explosao Tricolor EXPLODE TORCEDOR!

Prezados Amigos Tricolores,

Aqui estou mais uma vez para falar algo sobre o nosso querido Tricolor das Laranjeiras, o Fluminense.

Lá pelos idos anos 70 e 80 era muito comum no exterior, principalmente na Europa a realização de torneios amistosos no meio do ano que serviam de preparação das equipes de lá, torneios como o Torneio de Paris (França), Taça Tereza Herrera (Espanha), Torneio de Kiev (Rússia) e ainda em nossa querida “Sul América” a Taça Rio Branco (Uruguai) e a Copa Rocca (Argentina) entre outros.

PC foi o mestre de harmonia do Fluminense no “Samba em Paris”

Sem convicção, acho que o cântico “o show tá começando” teve origem quando o Fluminense em 1976 recebe o convite para participar do Torneio de Paris à ser disputado no suntuoso, majestoso, impávido colossal Estádio Parc de Princes.

Assim, na noite do dia 20/06 daquele ano, nas asas da saudosa e querida VARIG em seu voo 610 lá fomos nós.

O torneio contaria também com o representante local o na época o poderoso ParisSt. Germain, um combinado europeu apelidado de “chuteiras de ouro da Europa” e um outro combinado brasileiro composto por: Carlos, Rosemiro, Tecão, Edinho, Chico Fraga (Junior), Alberto, Batista, Marinho, Jarbas, Erivelto e Santos (Julinho). A disputa foi realizada na forma eliminatória e daria ao vencedor uma linda taça, uma réplica da Torre Eifel.

Rivellino deu show! — Rivellino deu show contra o PSG!

Nosso primeiro e pretensioso adversário foi nada menos que os anfitriões, o grande e poderoso na época o Paris St. Germain. Há! Há! Adivinhem o que aconteceu? Botamos nosso bloco na rua e fizemos os franceses sambar. Apareceu um sujeito de um longo bigode negro, fios espessos e com a tradicional camisa das três cores com o nº 10 nas costas, um verdadeiro mestre salas, fino no trato com a bola, certeiro em seus lançamentos, magistral mostrando aos espectadores ao que veio. Brincava de jogar futebol, e se para Mané Garrincha seus marcadores eram todos “João”, para o bigode grosso, nesse jogo, foram todos simplesmente “Zé”.

Pisamos no tapete verde da realeza com: Renato, Rubens Galaxie, Carlos Alberto, Miguel, Rodrigues Neto, nossa comissão de frente, Pintinho, Paulo Cesar, mestres de harmonia e evolução, Dirceu. Gil (Luis Alberto), Doval bateria nota dez. O tal bigode, que só foi substituído por Cléber na segunda etapa da partida só o fez para que pudesse sair de campo aplaudido de pé por todos que ali estavam como também todo o restante da nossa agremiação após termos vencido por 2 x 0 com gols do dito bigode. Dois por que o time negava-se a mostrar um futebol corretamente perfeito e sim a magia, a arte, o malabares com a bola, a exibição o show, mas que realmente valia a pena ver, era fascinante, foi um sambão.

Como o combinado europeu vencera o combinado brasileiro faríamos então a disputa do troféu contra eles e mais uma vez, azar do combinado é claro.

No dia 24/06 fomos ao campo com Renato, Rubens Galaxie, Carlos Alberto, Miguel (Edval), Rodrigues Neto, Pintinho, Rivelino (Carlinhos), Dirceu, Luis Alberto, Doval e Paulo Cesar. O triunfo incontestável aconteceu,e dessa vez por 3 x 1 quando marcaram Paulo César, Doval e nosso capita Carlos Alberto Torres e novamente teve gringo no samba, outro baile e todo o estádio de pé gritava: Dez! Nota dez!

Com outra exuberante e fascinante apresentação a conquista veio mais uma vez e selamos nossa participação em terras parisiense mostrando o futebol brasileiro de alto nível.

Até Jornais como “L’Équipe”, “France-Soir”, “Le Provençal”, “Onze”, “Nice-Matin” e, mesmo o austero “Le Monde”, dedicaram matérias especiais sobre a brilhante atuação tricolor em gramados franceses.

Ah! Como é bom ser Tricolor!!! Que orgulho me dá!!!

Assim, diante do fato consumado, eu e meu inseparável amigo, o “Almeida”, de tão felizes que ficamos, saímos por aí para esvaziar algumas garrafas.