
Fluminense Football Club
E agora, Fluminense? Que fazer?
(por Lindinor Larangeira)
No ano de fundação do Fluminense Football Club, 1902, o líder revolucionário Vladimir Lenin lançava uma obra que trazia um questionamento sempre atual: “Que fazer?”
Este texto não é para discutir o livro e os conceitos de “organização revolucionária” do mais destacado dos bolcheviques, mas para se aproveitando das duas coincidências, levantar o questionamento: e agora, Fluminense? Que fazer?
Mudanças são necessárias, mas é preciso ter um propósito
A vaga na Conmebol Libertadores parece ser, como diria o ex-treinador Luxemburgo, “o projeto”. Para esse objetivo, dois caminhos estão colocados: o Brasileirão 2025 e a Copa do Brasil 2025.
É necessário ter a consciência de que é possível materializar esse propósito. De preferência pelo caminho mais longo, o que significaria diminuir a pressão numa competição de mata-mata. Para isso, como escreveu o parceiro Vinicius Toledo, “mudanças são necessárias”. Nesse breve período de direção técnica, Luis Zubeldía já implementou algumas. Porém, terá que fazer omelete com os ovos que possui em sua cesta, com o atual elenco.

Mais oportunidades para os moleques e maior flexibilidade no esquema tático
Não foi o treinador quem renovou o contrato de Guga por mais quatro anos. Mas é o técnico quem pode dar mais espaço para Júlio Fidélis e para outros garotos. Sejam de Xerém, ou da América do Sul.
O lateral-direito, uma das joias da base, entrou em jogos complicados e deu conta do recado. O mesmo ocorreu com o zagueiro Davi Shuindt. O que não deu para entender foi o por quê desses jovens não terem mais oportunidades. Embora Zubeldía não tenha cometido a tolice de prorrogar os contratos de Manoel e Thiago Santos, na composição do banco, poderia relacionar o garoto na vaga de um desses veteranos.
Lezcano, um dos maiores investimentos do clube na temporada, também deveria ter mais minutagem. Trata-se de um camisa 10, coisa rara no futebol atual, e que nas poucas vezes em que entrou em campo demonstrou qualidades, como também apresentou disposição e bom futebol o jovem Lavega.

Em relação ao esquema tático, por que não testar o 4-4-2, ou o 3-5-2, que tão bem funcionou na Copa do Mundo de Clubes da Fifa?
A missão agora é pontuar. Vencer a sequência de jogos em casa e se manter na ponta de cima da tabela, de preferência, perto do G6.
PS1: Não foi Zubeldía quem contratou Igor Rabello. Mas o treinador pode observar o moleque Loiola.
PS2: Everaldo, graças ao bom Deus, parece ter virado a terceira opção. Por que não olhar o garoto Kelwin, meu caro Zuba?