Seria Everaldo o pior centroavante da história do Fluminense?
(por Lindinor Larangeira)
No fatídico ano de 1997, o Fluminense talvez tenha tido o pior presidente de sua história: Álvaro Barcelos. Digo talvez, por conta da gestão desastrosa do antecessor Gil Carneiro de Mendonça.
Certamente, esses dois são os grandes responsáveis pelo período mais lamentável da vida do clube. Marcada por aquela cena constrangedora de Barcelos estourando um champanhe. Comemorando uma virada de mesa que ficou no nosso colo, quando a responsabilidade foi alheia.
Para quem desconhece o episódio, que ficou conhecido como “Caso Ivens Mendes”, basta uma breve consulta ao Google para ter todos os detalhes.
Naquele ano, a diretoria contratou aquele que, em minha opinião, foi o pior centroavante que vi jogar no Fluminense: Toninho “El Biblico”. Apelido dado ao religioso jogador, que distribuía o livro sagrado para os atletas adversários. O pereba de Cristo, 28 anos depois, ganhou um concorrente à altura.
Já vi muito centroavante ruim, mas El Biblico e Eve são top 10 em ruindade
Barata, Marcelinho da Arábias, Junior Dutra, Lucão do Break, Kayke, Willian Bigode, Wellington Paulista e Lopes Tigrão. Confesso que vi muito centroavante ruim. Mas também vi Flávio, Mickey, Doval, Cláudio Adão, Ézio, Washington (casal 20), Washington (coração valente), Dodô, Fred e Cano.
Gostaria de ter visto mais Kauã Elias, vendido precocemente. Essa negociação deveria ter sido suprida com uma reposição, que se não fosse do mesmo nível, ao menos mantivesse o padrão de competitividade do elenco.
Apostaram na terceira opção de ataque do Bahia. No momento dessa inacreditável e incompreensível contratação, houve uma grita. Mas como a atual gestão tricolor lembra muito uma monarquia absolutista, bancaram o equívoco de trazer um atacante que não vinha performando há tempos.
Everaldo teve a última boa temporada em 2019, na Chapecoense. De lá pra cá, apenas concorre com Toninho, de quem, certamente, ganharia uma Bíblia, ao título de pior centroavante da história do Fluminense.
Por que Everaldo continua titular?
A titularidade de um atacante contestado por 11 entre 10 torcedores tricolores é um daqueles muitos mistérios insondáveis das Laranjeiras. A temporada está terminando e cabe ao treinador, que faz um trabalho consistente, encontrar uma solução, que não seja a titularidade, tão absoluta quanto estranha de Everaldo.
Que Zubeldía seja mais responsável do que a diretoria. Tiveram uma temporada inteira para contratar uma opção para a camisa 9 e preferiram torrar o dinheiro do clube trazendo Soteldo. Aliás, outro a não acrescentar nada.
PS: Quinta-feira é dia de lotar o Maracanã e levar o clube de volta à Conmebol Libertadores.
