(por Vinicius Toledo)
Como o Explosão Tricolor antecipou na primeira hora deste dia 31 de dezembro, tudo indica que o meia Rubén Lezcano deve ser emprestado pelo Fluminense ao Cerro Porteño. A possibilidade, que eu já havia ventilado nos bastidores em meu artigo do último dia 29 sobre a carência de um meia, agora ganha contornos de realidade e deixa um rastro de perguntas sem respostas nas Laranjeiras.
Rubén Lezcano chegou ao clube no início de 2025 como uma grande promessa do Libertad. Para trazê-lo, o Fluminense desembolsou US$ 5 milhões (cerca de R$ 30 milhões) por apenas 50% dos seus direitos econômicos. Um investimento altíssimo para um atleta que, na prática, quase não entrou em campo durante toda a temporada.
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Diante desse cenário, o silêncio do CT Carlos Castilho é ensurdecedor. Muitos falam sobre a “performance nos treinos”, mas sejamos honestos: com o CT fechado para a imprensa, qual é a autoridade de quem crava que o jogador não treina bem? Sem jornalistas acompanhando o dia a dia, qualquer comentário nesse sentido soa como mera especulação para justificar o ostracismo do paraguaio.
Recentemente, o ex-presidente Mário Bittencourt (hoje no comando do futebol) e o atual presidente Mattheus Montenegro se irritaram com as críticas do comentarista Roger Flores, que afirmou que o Fluminense “rasgava dinheiro” com rescisões de treinadores. Pois bem, a declaração de Roger cabe perfeitamente no “Caso Lezcano”.
Ficam os questionamentos que a torcida tricolor exige saber:
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Qual foi o critério real do scout para indicar um investimento de R$ 30 milhões por apenas metade do passe?
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Se o jogador era uma “revelação”, por que não teve chances sequer de entrar no segundo tempo das partidas?
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O Fluminense hoje pode se dar ao luxo de imobilizar esse capital em um atleta para ficar apenas treinando?
Enquanto o dinheiro parece escorrer por investimentos mal aproveitados, o torcedor segue na espera de um camisa 9 digno da tradição do clube. A saída de Lezcano pela porta dos fundos não é apenas uma movimentação de mercado. Ele é o símbolo de um planejamento que precisa, urgentemente, de explicações.



