Segundo portal, saída da Dryworld não está descartada




Ontem, a parceria entre o Fluminense e a empresa canadense de material esportivo Dryworld completou seis meses desde o anúncio oficial em uma grande festa realizada no Salão Nobre, no início de março. Apesar do Tricolor ter tido vantagens financeiras em comparação com o contrato anterior, com a Adidas, nos bastidores do clube há quem acredite que o novo fornecedor esportivo trouxe mais problemas do que soluções. O principal ponto de atrito é a dificuldade para distribuição de produtos, tanto para o Fluminense quanto para as lojas.

Segundo o portal Globoesporte.com, a qualidade das peças também virou motivo de ironia entre funcionários e até dentro do elenco profissional. Diante deste cenário, há dentro do clube quem não descarte uma mudança a partir de 2017. Mas a versão oficial é de que existe a confiança por parte da diretoria de que a operação da empresa no Brasil vai se normalizar e o Fluminense será melhor atendido.

As equipes das categorias de base do Fluminense, por exemplo, ainda usam os antigos uniformes da Adidas. O prazo para a entrega já venceu, e, apesar de representantes do clube já terem ido algumas vezes até a fábrica, aberta no Paraná, a pressão ainda não surtiu efeito algum.

– Queremos para ontem. Não adianta darem mais previsão. Imaginávamos que problemas pudessem acontecer, mas não nessa escala. A distribuição é o calcanhar de Aquiles deles – disse um dirigente do Fluminense.

A Dryworld assumiu um compromisso com Fluminense, Atlético-MG e Goiás sem ter a capacidade de produção necessária para atendê-los. Com poucas peças nas lojas e, consequentemente, poucas vendas, a empresa canadense não conseguiu verba para fazer a roda girar. O grande galpão comprado no Paraná ainda não foi totalmente montado, também por causa da falta de entrada de recursos financeiros.

O contrato com a Dryworld permite que o Fluminense faça notificações e até prevê multas em caso de falhas da empresa, mas a diretoria tricolor mantém a esperança de dias melhores, apesar da paciência de muita gente já estar perto do limite. O que segura as ações contra os canadenses é a verba que dá ao clube, que tem apenas atrasos ocasionais de alguns dias por causa de questões operacionais, de acordo com informações oficiais do Flu. Quem defende a empresa argumenta que ela terá pago até o fim deste ano o que a antiga patrocinadora daria ao Fluminense em um período de três anos.

O Atlético-MG, primeiro clube a fechar com os canadenses, vive problemas parecidos com os enfrentados pelo Fluminense. O clube mineiro, inclusive, já fez notificações formais por causa do fornecimento inadequado de material.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globoesporte