Maracanã: Fluminense se segura no contrato e Flamengo tem promessa de protagonismo feita por empresa

A decisão da licitação para saber qual empresa assumirá o Maracanã estava prevista para a última quinta-feira, 23, mas o Governo do Estado do Rio de Janeiro pediu adiamento desse prazo para o dia 6 de janeiro. Amparado pelo contrato durante os próximos 32 anos, a diretoria do Fluminense somente assiste a disputa entre as LU Arenas (Largardère/BWA) e CSM para ver quem assumirá o Maracanã.

– Temos um contrato extremamente vantajoso que por enquanto está de pé. O consórcio Maracanã segue lá. Qualquer parceiro, desde que respeite os interesses do Fluminense, respeite a grandeza do clube, pode vir a estar conosco. Não existe porta fechada. Flu está sempre atento ao que atende o interesse do clube. Esperamos continuar com o Maracanã, com o nosso contrato, e eventualmente negociando um ou outro ponto que seja interessante para ambas as partes – disse o presidente do Fluminense, Pedro Abad.

Já o Flamengo, que pensa em ser o protagonista na nova administração do estádio, já tomou partido: o rival do Fluminense se opõe à Largardère/BWA. O Rubro-negro já emitiu algumas notas oficiais e explicou o porquê de se opor à Largardère/BWA. Segundo o clube, a empresa não corresponde nos quesitos transparência e credibilidade. O Flamengo lembra ainda que o América-MG, dono do Independência, acusa a BWA de não repassar há 10 meses o percentual do clube nos ganhos. Por esses motivos citados, o Flamengo prefere fazer negócio com a CSM, que pretende deixar todo o protagonismo com o clube. A empresa mantém contato regularmente com o Rubro-negro, que sente confiança em uma possível parceria no futuro, caso consigam levar a melhor sobre os franceses. Se isso não ocorrer o clube ameaça não jogar no Maracanã.

Diante deste complicado cenário, o Fluminense não teria problema em trabalhar com o ‘desafeto’ do Flamengo. A Largardère/BWA, inclusive, já se pronunciou de maneira positiva sobre a possibilidade de respeitar o atual contrato com o Fluminense em caso de vitória na licitação.

– O interesse no Maracanã existe desde 2013, época da primeira licitação, e em 2014 entramos no Brasil adquirindo ativos de arena da BWA. E vale ressaltar que o Fluminense tem um contrato ativo e já se pronunciou que o agrada. Não haverá problema – afirmou Aymeric Magne, diretor da empresa francesa Lagardère, ao jornal “O Globo”.

Por Explosão Tricolor / Fonte: UOL / Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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