A conversa aberta com o Pedro Abad




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Rolou encontro entre o presidente Pedro Abad, alguns blogueiros tricolores e jornalistas. Bola dentro do mandatário tricolor. Debater sobre o Fluminense em pleno gabinete da presidência é algo pra lá de especial. O bate papo rolou durante quase uma hora e meia. Vários pontos foram debatidos de forma muito transparente por todos que estiveram presentes.

Sobre o futebol, uma notícia: o presidente falou com todas as letras que o objetivo número 1 do Fluminense na temporada é a conquista da Copa Sul-Americana. Fiquei feliz de escutar isso dele. É o meu sentimento também. Com relação aos reforços, o discurso continua o mesmo, ou seja, nada de loucuras. Abad ainda informou que não há teto salarial estipulado. 

O presidente fez questão de dizer que deposita muita esperança no atual elenco tricolor. Na visão dele, o nosso plantel é melhor que o do Vasco e Botafogo, e se equipara ao do Flamengo. Nesse ponto, tenho que discordar. Infelizmente, na minha humilde visão, o Fluminense tem um elenco inferior ao do nosso rival lá da Gávea. Fim do mundo? Não. Acho que se acertarmos as laterais e o sistema de marcação do time todo, conseguiremos medir forças com a maioria dos adversários da Série A, entretanto, necessitaremos de mais reforços para o segundo semestre. Para finalizar o tema futebol, falei com o presidente o seguinte: “Abad, o grande teste será quando o Fluminense atravessar um período de turbulência ao longo da temporada. Espero que você e todo o departamento de futebol aguente a pressão” e sustente todo o planejamento”.

A transparência que tanto peço neste espaço não foi esquecida. Elogiei a postura dele jogar aberto na entrevista concedida ao portal GloboEsporte.com, no início desta semana. Ele mostrou a real situação do clube de forma muito objetiva e clara. O torcedor precisava escutar isso para ter a ciência exata do estado crítico das finanças do clube. Ele fez questão de dizer que não compete ao presidente do Conselho Fiscal questionar contratações e que não estava ciente de tudo que ocorria na gestão anterior. Aproveitei o embalo para dizer que o torcedor também precisa escutar anúncios de criação de novas receitas, e que espero que o Departamento de Marketing esteja trabalhando intensamente. Não dá só para escutar ou ler que o clube tem que reduzir custos, vender jogador… Precisamos reagir o mais rápido possível. Uma marca como a nossa não pode ficar mais de um ano sem patrocinador e levando calotes milionários de alguns parceiros. 

A questão de Edson Passos também foi debatida. Registrei a minha grande preocupação com a questão da estrutura do estádio do América. O presidente garantiu que o Giulite Coutinho foi todo vistoriado e que a estrutura de todos os setores não foi abalada em nada. Abad bancou que o Fluminense voltará a jogar lá. 

O relacionamento entre o clube e a torcida foi o último ponto debatido. Na verdade, deixei um recado e uma sugestão. Vamos lá…

O recado foi bem claro: o clube necessita criar ações para se reaproximar do seu torcedor. A relação está cada vez mais complicada. Centenas de problemas de atendimento, sistema que não funciona, soluções demoradas, problemas não resolvidos e etc… Terrível! Junta isso tudo com a bola não entrando na rede adversária, a situação é essa aí: uma torcida fria, irritada e cada vez mais distante do Fluminense.

Sugeri que o clube escolhesse um sábado do mês para o elenco realizar um treino no campo das Laranjeiras. O presidente alegou que isso depende muito da comissão técnica. Até entendo a questão profissional, mas não posso dizer que concordo totalmente com isso. Um sábado por mês com treino nas Laranjeiras pode se tornar um evento bastante rentável. Com a sede cheia, o Fluminense arrecadaria com visitação, vendas na belíssima nova loja, bar e ainda teria a oportunidade de angariar novos sócios. Tenho certeza que essa ação criaria o hábito do torcedor sempre bater o ponto no clube uma vez por mês. Esse sábado seria meio que sagrado para cada tricolor que curte visitar o clube. Essa ação bem divulgada nas redes sociais tem tudo para bombar! Ele disse que pensaria nisso. Se dará o “ok”, aí é outra história… 

Rolou o tema sobre a cota de TV. Expus de forma bem clara que o sistema de cotas está todo direcionado ao Flamengo e Corinthians. Perguntei o motivo dos outros dez grandes clubes do país não iniciarem um movimento contra a “espanholização”. Pedro Abad disse que a missão é bastante difícil pelo fato de sempre ter algum clube com parcela de cota adiantada ou alguma outra coisa amarrada com a detentora dos direitos de transmissão. Com toda sinceridade: acho que a minha geração não estará mais aqui para ver uma mudança de cenário no assunto. Uma pena! Como diria o Capitão Nascimento, “O Sistema é f…, parceiro!” Só para registrar, segundo o jornalista Edílson Silva, da rádio Bradesco Esportes, o Flamengo ganhará quase R$ 3 milhões a mais que o Fluminense nas cotas de TV e publicidade do Campeonato Estadual e Primeira Liga. Na semana passada comentei sobre o assunto aqui neste espaço e não levaram muita fé…    

É isso, galera. Gostaria de agradecer ao presidente e aos seus assessores pelo convite, e, principalmente, pela postura democrática do clube. Bola muito dentro do Fluminense!

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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