Estatísticas: a prova da agressividade do Flu




Coisa linda o que aconteceu domingo no Engenhão. Sem retoques! Foi uma humilhação! Por um instante pensei que o Fluminense não estava jogando contra um adversário tradicional (apesar de o Vasco não mais poder ostentar o título de “time grande”). Como é bom acreditar novamente que podemos ir além das campanhas medíocres dos últimos anos. Confesso que tô de alma lavada e cheio de expectativas pra 2017. Mas, fica uma dúvida: o domínio tricolor também ocorreu nas estatísticas do jogo? Por incrível que pareça, a resposta é não.

Consultando o site footstats.net, alguns números surpreendem. Em primeiro lugar, a posse de bola. O Vasco teve 53% do jogo com ela nos pés e o Fluminense 47%. Além disso, o “nanico da colina” (expressão bem empregada pelo Vinicius Toledo) trocou 305 passes certos, enquanto o Flu apenas 233. Quanto aos errados, foram 44 para eles e 32 pra nós.

Esses números iniciais nos mostram uma coisa: o time foi muito mais incisivo em campo. Méritos de Abel Braga. Sem dúvida, o Flu mandou no jogo, teve as melhores chances e poderia ter sapecado 6 ou 7 gols no Vasco. E isso muito se deve à objetividade e agressividade com as quais a equipe se portou. Cada vez que roubávamos a bola, a movimentação era intensa e cada atleta procurava os espaços em branco para receber a bola em alta velocidade, sempre contadto com a competência do passe no meio de campo. Como diz meu pai: se o cara quer jogar futebol tem que saber… jogar futebol. Se só sabe desarmar¸ pode ser importante em um determinado momento do jogo, mas, por certo, contribui muito pouco para a evolução da equipe.

O terceiro gol do Fluminense demonstra muito bem o que se acabou de afirmar. Rápido contra-ataque e a bola morrendo na rede adversária. E por falar em terceiro gol, que lucidez do Marcos Jr ao fazer a diagonal e confundir os zagueiros vascaínos. Colocou-se em bela situação para receber o passe de Gustavo Scarpa e empurrar para o gol. Mérito total do moleque!

Mas as curiosas estatísticas do jogo não param por aí. O Vasco fez simplesmente 38 cruzamentos para a área do Flu, enquanto nós fizemos 11, com apenas 27% de aproveitamento (acertamos só três na cabeça de nossos atacantes). Mais uma vez isso demonstra que o Flu entrou para jogar de maneira vertical, veloz e com um único objetivo: chegar ao gol adversário.

Outra curiosidade foi o número de escanteios. O Vasco teve 11 ao seu favor e o Fluzão apenas dois. Interpretando este número e lembrando do jogo, conclui-se que os ataques do Flu chegavam facilmente na área cruzmaltina, faltando apenas um pouco mais de pontaria para sairmos do estádio com a maior goleada da história do confronto.

Outro número que também chama a atenção é a quantidade de lançamentos. Dessa vez ganhamos: 31 a 29. E isso tem muito de um jogador que foi hostilizado ano passado e reinventado neste início de temporada: o nosso volante Douglas. O cara desarmou fácil e demonstrou precisão cirúrgica nos passes de longa distância. Vamos nessa moleque! A torcida conta com você!

E por falar em volantes, Jefferson Orejuela, a melhor contratação de um time brasileiro neste ano, mostrou que tem tudo para fazer sucesso nas Laranjeiras. Ele demonstrou personalidade e certamente dará bons frutos para o time. Para se ter uma ideia, ele e Douglas simplesmente “gabaritaram” os passes realizados durante a partida: tentaram 58 (30 para o equatoriano e 28 para Douglas) e acertaram todos. Fantástico!

Confesso que prefiro o time com mais posse de bola. Acredito que, enquanto a equipe estiver com ela nos pés, não corre risco de tomar gol e ainda gera boas situações de alcançar as redes adversárias. Mas tenho que admitir que a verticalização implementada por Abel deu muito certo e espero que o time continue assim.

Espero ainda que as dificuldades financeiras apresentadas por Pedro Abad não o impeçam de trazer mais algumas boas peças para o time. A contratação de dois laterais, um volante com boa qualidade de passe para substituir os que estão jogando quando for necessário e mais um zagueiro nos credencia para voos mais altos nesta temporada.

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. A partida realizada pelo time exige a presença em massa da nossa torcida nos próximos jogos. Eles deixaram tudo em campo. Agora é a hora do torcedor fazer a sua parte.
  1. Os dribles de Sornoza no segundo gol do Flu merecem ficar eternizados na memória de todo tricolor. O cara é candidato a ídolo.
  1. Henrique Dourado nunca chamou a atenção pela habilidade. Mas devo reconhecer que ele jogou muito no domingo. Espero continuar queimando a língua com ele.
  1. Wellington Silva é driblador nato. Mas, se resolver soltar mais a bola e fazer o simples quando for o caso ele será incluído na galeria dos selecionáveis logo, logo.
  1. Talvez a melhor negociação que fizemos neste início de ano foi a dispensa do Cícero. Como o time fica rápido sem ele.

EvandroVentura / Explosão Tricolor

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