Um grande incômodo




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Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor
O Maracanã é a casa do Fluminense! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

Confesso que a postura da diretoria do Fluminense com relação a questão de estádio começa a me preocupar bastante. Para os jogos do Campeonato Carioca, nem levo em consideração, mas quando o assunto é jogo decisivo, não há como ficar calado. Por qual motivo teremos que jogar contra o Goiás no Giulite Coutinho? Jogo decisivo de Copa do Brasil pede mobilização total da torcida, sem falar na excelente oportunidade de colocar mais de 30 mil tricolores no Maracanã, e o principal: tentar reacender a chama da torcida que está apagada há tempos.

Até hoje, estamos sem conseguir entender essa questão do Maracanã. E o que é pior: a diretoria terá que fazer acordo específico para jogar na estreia da Copa Sul-Americana mesmo estando amparada por um contrato em vigor. Como assim? O contrato não vale de nada? Juro que tento entender para não cometer injustiça, mas não consigo encontrar uma resposta para nada. Cadê a transparência que a base de sustentação política da diretoria tanto tem propagado pelos quatro cantos? Essa situação já está ficando constrangedora. Muitos jornalistas e formadores de opinião comentam a mesma coisa. Qual o motivo do Fluminense não brigar pelo seu direito? 

O custo operacional do Maracanã está alto? Pelo que andam divulgando, sim. Mas não é possível que a diretoria não consiga fazer uma conta de chegada para jogarmos lá envolvendo até premiações recebidas. Na Copa do Brasil, por exemplo, os clubes estão ganhando boas cotas da CBF. Na terceira fase, o Fluminense recebeu uma cota de R$ 680 mil. Agora, para encarar o Goiás, receberemos R$ 750 mil. Resumindo: matematicamente falando, se juntar cota e receita de bilheteria, o clube não fica no prejuízo.  

O apoio será importante (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)
Edson Passos é pequeno para o Flu (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

Entendo perfeitamente a delicada situação financeira do clube, mas acho que já passou da hora da diretoria do Fluminense investir de verdade em quem pode lhe dar retorno moral, financeiro e técnico: o torcedor tricolor. O Giulite Coutinho é bacana, mas não pode ser considerado como a nova casa fixa do Fluminense. Me preocupa bastante que alguns tricolores estejam achando isso normal. Na minha visão, isso representa um perigoso processo de apequenamento do clube.    

Não é só a diretoria que tem que fazer a parte dela na questão de estádio. O torcedor do Fluminense também tem que definir o que quer da vida. Para reclamar na rede social, nota 1000! Mas para ser sócio, marcar presença no estádio… Tudo bem, o nosso Marketing não colabora muito, mas acho que está na hora da torcida cair na real e abraçar a causa do clube. E quando falo em abraçar a causa, não é só pagar a mensalidade e bater ponto nos jogos. O torcedor tricolor precisa ser mais participativo até na política do clube, chegar junto de quem está na gestão, procurar saber como andam as coisas nos bastidores, ligar fatos, monitorar redes sociais, etc… Na última eleição, mesmo com 13 mil sócios aptos, somente pouco mais de 4 mil votaram. Muito pouco!   

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos. Só sei que a partir do mês que vem, o Fluminense terá uma sequência de jogos decisivos. Em maio, teremos o Campeonato Brasileiro. Espero que a diretoria invista na torcida. E que a torcida invista no Fluminense. Esse é o caminho para tudo voltar ao normal!  

Forte abraço e Saudações Tricolores! 

Vinicius Toledo 

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