Reservas não… Titulares a serviço da ciência esportiva!




Durante todos esses dias muito se tem discutido sobre a escalação de um time composto apenas por reservas em diversos jogos do Carioca 2017, o mais estapafúrdio de todos os tempos. Alguns são favoráveis e outros são contra, mas certo é que Abel Braga parece ter um planejamento na cabeça e pretende segui-lo. Como vem dando certo, ele não deve ter a intenção de mudar.

O calendário brasileiro é reconhecidamente estafante. Para se ter uma ideia, o Fluminense pode disputar, apenas em 2017, quase 80 jogos. A título de comparação, na temporada 2015/2016, o Barcelona realizou 66 jogos, triunfando em 47 oportunidades.

Em números absolutos, a distância não parece ser das maiores. Mas, proporcionalmente, não há dúvida de que os times brasileiros sofrem muito mais com o calendário do que os times europeus.

A fisiologia do esporte contribui para o trabalho de toda a comissão técnica no futebol. Para o bom desempenho de uma equipe em campo, é indispensável que o departamento de fisiologia esteja integrado ao comando técnico do time. São essas atividades auxiliares que irão fornecer ao treinador o mapeamento do corpo do atleta e dizer-lhe o risco de lesão em razão do esforço que cada um necessita ter em campo.

No Brasil, em que o calendário é sensivelmente maior que aquele praticado na Europa, a fisiologia é indispensável na busca da excelência do individual do jogador. De nada adianta querermos que o time entre completo o tempo todo se somente irá fazer isso por parte da temporada, já que na outra parte (a maior dela) os atletas estarão contundidos ou incapazes de manter a plenitude da forma física e do seu jogo.

Cada posição possui uma diferente exigência fisiológica. O desgaste de um atacante é diferente daquele suportado por um lateral. Para citar um exemplo, Richarlison e Wellington Silva, que tem a função de atacar e retornar marcando os laterais, certamente possuem um desgaste muito maior do que Henrique Dourado ou Pedro, já que ambos podem ficar aguardando a bola chegar no ataque.

Todo este emaranhado de informações físicas do atleta faz parte do planejamento adequado para suportar uma temporada em alto nível. Como já disse, de nada adianta jogar bem de Janeiro a Abril e não conseguir render nos demais meses do ano. Não é só a parte tática e técnica que ganha jogos: a parte física é fundamental. Como o esporte é feito de humanos, nada melhor que garantir que eles suportarão todas as partidas do ano com o máximo de qualidade possível.

Abel Braga, ao escalar uma equipe totalmente reserva para a semifinal contra o Botafogo, certamente refletiu sobre o cansaço muscular que um clássico representa e sobre a importância do jogo para o restante da competição. Para a primeira questão, sem dúvida que ele dividiu a decisão com o departamento de fisiologia do clube e chegou à conclusão que cada dia descanso é fundamental para manter o alto rendimento durante 2017. Para a segunda questão, qualquer tricolor tem a resposta: o jogo não valia nada.

Confesso que refletindo melhor sobre o tema, e conversando com alguns experts na área, mudei minha opinião e conclui de que há sim a necessidade de poupar os jogadores nas partidas consideradas sem valor. Por mais que fiquemos chateados com a derrota, e isso é normal, fato é que o time joga quarta e domingo praticamente todas as semanas, não sendo razoável pensar que o atleta suportará essa sobrecarga de partidas sem pagar a conta.

Convenhamos: não temos um elenco numeroso a ponto de ter certeza de que, sai um e entra outro, manteremos a qualidade do time em campo. O próprio Abel Braga reconhece isso ao pedir reforços para a disputa do resto da temporada. Assim, é preciso administrar bem o uso dos atletas para não gerar uma estafa generalizada. Não se trata de achismo: é ciência.

Tá certo! Não sou favorável à escalação de um time formado completamente por reservas, como vem acontecendo em parcela considerável dos jogos. Acho que dá pra mesclar. Mas também não posso criticar o planejamento realizado, porque acredito que ele está amparado em um trabalho técnico cujo objetivo é o sucesso nas competições que disputará.

Como torcedor, quero ver os melhores sempre; mas, ainda como torcedor, quero que o Fluminense ganhe todos os campeonatos. Se pra isso for necessário escalar um time inteiramente reserva e perder jogos irrelevantes, que assim seja.

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. Então o Presidente da Comissão de Arbitragem da FERJ, Jorge Rabello, teve a audácia de elogiar o bandeirinha do jogo, mesmo após não ver cinco jogadores impedidos? A diretoria deve dar uma resposta à altura dessa falta de respeito, pra dizer o mínimo. Ou o cara não entende nada de futebol ou é mal intencionado. Mais um pra sofrer impeachment.
  1. Jeferson Orejuela tem tudo pra ser ídolo da torcida. Mas não pode adotar comportamento como o da semana passada, em que faltou a um treino porque demorou a regressar do Equador. Mais juízo garoto!
  1. Nada de baixo astral para a partida contra o Goiás. Essa vale copa! Vamos pra cima deles no Serra Dourada!
  1. Richarlison tá voando em campo. Pra mim, titular absoluto. Quero ver no lugar de quem Gustavo Scarpa vai entrar. Dor de cabeça boa para Abel.
  1. Não canso de falar: que campeonatozinho ridículo este carioca. Realmente não dá pra entender como nosso futebol ainda conviva com figuras nefastas como Rubens Lopes.

Evandro Ventura

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