Com orgulho e amor

Chegou o primeiro grande teste para o nosso querido Fluminense. Quarta- feira, a segunda partida do mata-mata da quarta fase da Copa do Brasil, contra o Goiás, no Maracanã, tornou-se uma decisão para que o clube não seja precocemente eliminado da segunda mais importante competição nacional.

O Fluminense de 2017 vem demonstrando competência e surpreende pelos números até o momento. Obviamente não são nada diante do que ainda enfrentaremos ao longo do ano. Certamente muitas dificuldades ainda estão por vir.

Seria muita ingenuidade, ou fanatismo demais, achar que o Fluminense atropelaria todos os adversários ou jogaria bem e venceria todas as partidas. Momentos ruins ocorrem mesmo em campanhas vencedoras.

Tivemos diante do Goiás o revés mais doloroso. Os anteriores foram com time reserva cujos jogos não tinham importância alguma para o campeonato. As circunstâncias da derrota da última quarta-feira devem servir de combustível para a partida de volta, em nossa casa: jogamos melhor a maior parte do jogo; o adversário teve poucas chances de gol, mesmo com um jogador a mais após a expulsão questionável do Diego Cavalieri (o jogador adversário estava indo em direção à lateral); pênalti inventado pelo juiz no fim do jogo.

Alem disso, considero a substituição do Sornoza o primeiro grande erro do Abel. Matou nosso meio-campo. A justificativa de que o equatoriano não jogava bem não convenceu. Pedro não jogava nada e nada fez no jogo. Sornoza é jogador que segura a bola, quando necessário, e distribui o jogo. O Goiás, expondo-se mais, como foi no segundo tempo, deixou mais espaços ali no meio. Nem um outro jogador cumpriu o papel que Sornoza faria ali. 

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Mas isso são águas passadas. Não há motivo para desanimar e abaixar a cabeça. É preciso focar, e muito, para a partida da próxima quarta-feira. E assim voltamos ao que vários tricolores temos dito: a necessidade de valorizar o bom trabalho do Abel e do elenco tricolor. Esse time foi formado há pouco tempo, tem jogadores muito novos e ainda inexperientes. Está mais do que claro a urgência em contratações para se cobrir certas carências. Devemos aprender com os erros e corrigi-los. Não se pode crucificar o Abel ou este e aquele jogador. 

O Fluminense não pode cometer o mesmo equívoco de anos anteriores, o de trocar o técnico após alguns maus resultados. Abel vai errar outras vezes, faz parte do esporte, e quem não erra? Mas ele vem acertando muito mais. E ousando, com um futebol bonito, ofensivo, dinâmico.

Não há mais tempo para experiência. Teremos diversos jogos decisivos nas próximas semanas: o jogo de volta contra o Goiás, a semifinal do Campeonato Carioca, e o segundo jogo contra o Liverpool/URU pela Copa Sul-Americana. E em menos de um mês tem início do Campeonato Brasileiro.

E, nesta hora, a torcida tem papel fundamental para a superação do maior desafio do grupo até então. Temos que abraçar o time, encher o Maracanã, incentivar até o apito final. O Fluminense tem mais time do que o Goiás. E vai mostrar em campo a força que vem das arquibancadas, impondo seu futebol, sua raça.

Torcedor tricolor, faça sua parte! Tenha paciência com o time e com os jogadores. Empurre o time, solte a garganta, entoe as belas músicas da nossa torcida.

Empunhe, com orgulho e amor, a bandeira verde, branca e grená!

Helio Waizbort

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