A buzina Fla-Flu




banner_paulonenseAmigos Tricolores, iniciarei hoje até domingo uma série de 3 historinhas pessoais envolvendo a dupla Fla-Flu, duas delas até já foram publicadas há dois anos no Explosão Tricolor. Hoje lanço “A Buzina Fla-Flu”. Vamos ao texto:

Em 2001, fui à Flu-Boutique do Fluminense, clube do qual sou sócio desde que nasci, e comprei uma buzina do Fluminense, para ser instalada em meu carro.

Vendidas na época com os hinos dos quatro grandes clubes cariocas, as buzinas musicais reproduziam a melodia dos hinos, sem as letras.

Comprei a buzina, que tem as cores e escudo do Fluminense em sua estrutura e veio na caixa alusiva ao clube.

Ao chegar em casa, curioso com meu novo objeto da paixão, não resisti e cismei de ouvir o som, que no entanto só poderia funcionar se devidamente instalada no carro, em oficina especializada.

A paixão tricolor e a curiosidade, porém, fizeram com que eu juntasse três pilhas grandes que correspondiam à voltagem especificada na embalagem e, a muito custo, encostei as pontas dos fios nas extremidades das pilhas enfileiradas em sequência, buscando ouvir a bela melodia.

Ao conseguir finalmente que a engenhoca emitisse algum som, eis que tocou bem alto nos meus ouvidos o hino…

…do Flamengo!

Que susto, que decepção! Ainda sem acreditar, disparei mais uma vez e novamente ouvi aquele som macabro.

No dia seguinte voltei à loja e cheguei reclamando, mas naturalmente buscando um tom amistoso e humorado para as minhas palavras.

– Olha aqui, esta buzina comprada ontem está com defeito, e que defeito! Vou processá-los por me venderem uma buzina do Fluminense que toca o hino do Flamengo!

A princípio me olharam desconfiados, como que duvidando de minha reclamação. Como eu sabia que poderiam não acreditar, levei as três pilhas e disparei o dispositivo para que todos pudessem ouvir.

Ainda atônitos, afirmaram que venderam várias e jamais ocorrera qualquer reclamação. Trocaram a buzina imediatamente e até rimos da situação.

Certamente não tiveram culpa, foi um erro terrível de fabricação, definitivamente aquela unidade não passara pelo controle de qualidade.

Fico até hoje pensando qual não seria minha decepção se eu não a tivesse testado em casa, e só descobrisse o defeito ao disparar a buzina já instalada.

A buzina me acompanha até hoje, pois sempre que troco de carro reinstalo a mesma no novo veículo, para desespero de minha mulher, uma flamenguista pouco convicta com quem me casei com a camisa do Fluminense por baixo de toda a vestimenta, sem que ninguém soubesse e só vissem ao final da recepção.

A buzina tricolor, que até hoje tenho instalada no meu carro. Troco de carro e reinstalo sempre, pois a mesma não mais é vendida.

(Esta história é totalmente verídica, e pode ser confirmada pelos vendedores mais antigos da Flu-Boutique e provavelmente pelo dono da loja.)  Agora ficou mais difícil, pois a loja fechou no ano passado.

Historinha de amanhã: O GOSTO DA DERROTA DE PEPSI

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

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