Parem de enganar a “memória coletiva”!




Saímos derrotados do Maracanã! Sem dúvida nenhuma que o empate, nas circunstâncias que aconteceu, foi uma ducha de água gelada na cabeça do torcedor. Eu já estava comemorando a vitória. Tenho certeza que todo tricolor também. Mas o braço curto dos goleiros do Fluminense não permitem contar com o êxito da equipe antes do apito final.

Hoje a maior certeza que a torcida tem é a de que o time precisa de reforços. Urgente! Começando pelo goleiro, passando pela lateral esquerda e concluindo com a zaga. Se puder trazer um meia e um atacante, melhor ainda. Mas, como construir um bom elenco sem dinheiro para contratações.

Confesso que fiquei muito preocupado e irritado com o post de Pedro Abad em sua rede social. Segundo ele, a nova diretoria “adotou a política de austeridade”, dizendo que se manterá com “os pés no chão”. Abad ainda disse que “o planejamento está traçado” e que “seguirá com o mesmo foco”. Pergunto: qual planejamento? Qual foco? Qual tipo de austeridade financeira?

Intriga quando ele fala que o Fluminense hoje possui “um programa de formação muito mais completo que vem gerando benefícios e levará o clube a outro patamar”. Ficamos perguntando: o que ele está falando? Em que mundo está vivendo? Que “raio” de programa de formação é esse?

Hoje, quando me sentei para escrever a coluna, tinha em mente falar sobre a necessidade premente de reforços. Mas, depois que vi a fala do presidente sobre o momento de alerta que o time vive, optei por mudar o foco.

Senhor presidente, a torcida quer saber: qual é o foco da diretoria? Tão somente economizar para zerar as contas? Deixar de investir? Cortar gastos e começar do zero? São muitas perguntas para você, e até agora nenhuma resposta convincente.

Na aba “transparência” existente no site do Fluminense, consta um pequeno balanço financeiro sobre 2016, e uma pequena perspectiva para este ano. Percebe-se que o ano somente não acabou no vermelho em virtude das transmissões televisas e por causa das luvas (ou bônus de assinatura) recebidas da Rede Globo por ocasião da renovação de contrato com a emissora: 80 milhões de reais. Do contrário, conclui o relatório, o prejuízo já no exercício financeiro de 2016 seria de aproximadamente 72 milhões de reais. Um espanto!

E pior: a maior parte das receitas decorreu de verbas extraordinárias, que são aquelas não rotineiramente recebidas pelo clube. De acordo com o relatório, 56% de tudo que o clube recebeu no ano passado poderá não receber este ano. E isso por vários setores, sendo os principais a ausência de patrocínio master e a pífia bilheteria do time nos jogos dentro de casa.

Se for sobre isso que você está falando presidente, seria melhor vir a público e dizer: vamos economizar para perdermos de pouco este ano no aspecto financeiro. Enganar a “memória coletiva” (termo citado por ele mesmo) é exatamente deixar a falsa esperança de um projeto que não existe porque se pretende tão somente deixar de gastar dinheiro.

A jogatina com a verdade incomoda mais do que a realidade pura e simples. Por mais que seja duro, fale com o torcedor: não vamos contratar porque não temos dinheiro. Pronto! Chega dessa conversa político-técnica (muito usada em Brasília) para enganar o povo. Falar em “programa de formação que gera benefícios ao clube”, em “profissionalismo” e em “política de austeridade” sem dizer em que consistem não passa de estratégia de marketing para iludir a torcida. Todo mundo tá cansado disso a torcida tricolor é inteligente demais para suportar!

Na qualidade de torcedor vou ser absolutamente sincero: quero reforços! Independentemente de onde vai sair o dinheiro, fato é que todo torcedor quer ver o time disputando o título. Não basta dizer que o “comitê gestor está atento ao mercado”. Quero que essa atenção se reverta em jogadores no elenco. Mas compreenderia a dificuldade da diretoria se Abad simplesmente dissesse que não pode contratar, sem mentir quanto a um eventual “plano financeiro” que ninguém sabe o que é porque não há transparência nenhuma na gestão.

Como se não fossem suficientes todos os argumentos acima, outro deve ser levantado, que é a completa ausência de uma estratégia de marketing mais agressiva que permita a obtenção de patrocínio e anime o torcedor a frequentar os estádios. Parece que o pessoal desse departamento é amador e não sabe 050lidar com o povão, que é o produto final do futebol.

Quando a transparência não entra em campo, a desconfiança invade a arquibancada.

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. Não acho justo culpar a molecada por todo mal feito. Vejo que eles estão deixando o sangue em campo, o que demonstra vontade de vestir a camisa do Fluminense.  
  1. Ainda espero que Robert possa fazer a sua estreia no time este ano. Saber jogar ele sabe. Basta que se dedique fisicamente e será um ótimo “reforço” para o time.
  1. O clube está sem força nos bastidores. Todos os lances polêmicos são apitados contra a gente. Culpa de mais uma diretoria sem sangue nos olhos que invade as Laranjeiras.   
  1. Repito: como Wellington Silva e Sornoza fazem falta!
  1. Concorde ou não com a manifestação de sábado, fato é que ela mexe com os brios da diretoria e força uma resposta para a atual situação, nem que seja um pequeno post em uma rede social.

Evandro Ventura

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