Sem caça às bruxas, mas…




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Quem acompanha o campeonato, já sabia que o duelo contra o Cruzeiro não seria nada fácil. Mesmo assim, a gente sempre deposita aquela fé e fala: “É hoje!”, mas… A bola rolou no Giulite Coutinho, que diga-se de passagem, se por um lado evita prejuízos aos cofres do Fluminense, por outro, parece que oficializa de vez um perigosíssimo divórcio da torcida com o clube. E como foi o jogo no rala coco da Baixada que fez a bola pular mais que canguru?

Na primeira etapa, o Cruzeiro deitou e rolou. E olha que o Fluminense atuou com três volantes… Como o Thiago Neves flutuou livremente nas proximidades e até dentro da nossa área? Com o caminho aberto, os caras até demoraram a abrir o placar. O mais engraçado é que bastou levar o gol, para a rapaziada do Abelão partir pra dentro dos mineiros e empatar a partida em apenas cinco minutos. 

Após o intervalo, o jogo ficou aberto. Thiago Neves continuou solto e levando muito perigo. Uma pena que o Abel Braga tenha insistido tanto com o Pedro. O moleque foi engolido pela defesa do Cruzeiro! Dá para dizer que o Fluminense jogou com um a menos. Ainda assim, poderíamos ter saído com a vitória. Como é que o Gustavo Scarpa perdeu aquele gol sozinho nos minutos finais? 

Alguns leitores podem até ficar aborrecidos comigo, mas serei muito sincero: o empate ficou de bom tamanho. Não vou ficar aqui promovendo caça às bruxas aos moleques, mas acho válido cobrar ao nosso treinador uma marcação mais forte e uma transição de jogo mais organizada. O time pode ser jovem e ter suas limitações, mas correr para marcar forte e ocupar todos os espaços do campo é o mínimo que esperamos. Será que é pedir muito? 

Sobre as vaias, sendo após o apito final, tem o meu total apoio. E convenhamos: não adianta tapar o sol com a peneira. Tenho certeza que elas não são direcionadas ao time e Abel Braga. As vaias são para a diretoria e simpatizantes dela que ficam pelas redes sociais transferindo responsabilidade para sites, blogs, canais de televisão, jornais, comentaristas, jornalistas, política e, principalmente, para a torcida. Fazem um intenso e nada inteligente “Anti-Marketing” que acaba se voltando contra eles. Os caras precisam entender que não dá para bater de frente com a massa, mas não dá mesmo. Todos são culpados de tudo que ocorre de ruim ao Fluminense, menos eles. Já deu, né? Ninguém mais cai nessa.   

Todos nós que amamos o Fluminense de verdade, queremos um clube mais forte e independente, mas é preciso que a gestão entenda que sem envolver a torcida tricolor neste processo de construção, isso não será possível. Já disse um milhão de vezes, mas vou repetir novamente: o Fluminense é viável pra cacete! Basta ter visão e conhecimento do produto para levantar de vez essa potência verde, branca e grená. 

Apesar dos problemas, o Fluminense está completando 115 anos de vida. No próximo domingo, contra tudo e contra todos, vamos encarar o Corinthians no Maracanã. Boa hora para tentar lavar a alma e acordar a arquibancada tricolor!   

Forte abraço e Saudações Tricolores 

Vinicius Toledo 

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