Santa Expulsão!




18325421441_7dcdd51812_z

Amigos, que jogo!!!

Eu não tenho palavras para descrever o que é sair vitorioso após uma batalha como a de ontem.

Faltam adjetivos, superlativos e construções literárias para definir o orgulho que sinto deste clube, desta nossa teimosia em contrariar a lógica, e da nossa capacidade de enfrentar um sistema determinado em beneficiar os “queridinhos” de sempre.

Como é bom torcer para um clube que, diante desta situação, ignora os obstáculos para outros intransponíveis, fazendo justiça com as próprias mãos neste faroeste que é o futebol brasileiro.

Ontem assistimos a um banho tático e técnico do Tricolor, o único time do Rio capaz de olhar o império do mal de cima, e colocá-los no seu devido lugar de reverência ao criador de seu departamento de futebol.

Não fosse a absurda expulsão do Giovanni, e veríamos mais um daqueles costumeiros 4×1, com a imensa massa rubro-negra devidamente calada pela minoria qualificada de tricolores, no outrora maior palco de futebol do planeta terra.

E neste ponto, é preciso exclamar: “Santa Expulsão!!!!”

Ora amigos, eu já vi algumas muitas vitórias maiúsculas em cima do Flamengo. E bem sabemos que uma goleada no clássico de ontem, implicaria num possível jogo muquirana diante do Coritiba, com o time se arrastando o jogo todo, cheio de si, e arriscando os três pontos tão preciosos para nossa arrancada no campeonato.

Este time do Fluminense, desde o ano passado, nos brinda sucessivamente com alguns jogos que nos enchem de esperança, seguidos de outros tão modorrentos, que chegam a parecer estarem apenas batendo o burocrático ponto no gramado.

Em virtude disso, nossa torcida andava desmotivada, desacreditada e sem qualquer confiança no elenco, pois sabia que, há qualquer momento, o grito “time de guerreiros” pareceria um culto demagogo e saudosista a um esquadrão fantasma.

E, enfim, chega a expulsão do Gioavanni. Naquele momento os jogadores olharam, cada um para sua camisa, e entenderam que não jogam em um clube qualquer.

Ali os jogadores relembraram a mística do time de guerreiros, tão escondida em um passado recente, e que foi a grande responsável pelos nossos anos de glórias subsequentes.

A expulsão fez o Fluminense encarar um assustado time rubro-negro e dizer: “Hoje não! Não há nada que me faça perder este jogo!”.

A torcida entendeu o momento, se inflamou, e engoliu a maioria rubro-negra como de costume.

Nossos guerreiros se entreolhavam com sangue nos olhos. Sabiam que, em iguais condições, o resultado seria mais tranquilo. Mas também sabiam que a vitória de ontem tinha que vir a qualquer custo.

Nenhum time do mundo seria capaz de derrotar o Fluminense neste domingo. A raça, a vontade, a determinação, a superioridade técnica e tática. Tudo isso conspirava a nosso favor.

Nossos jogadores pensavam que, se a arbitragem não nos permite jogar no 11 x 11 contra o Flamengo, pior para a arbitragem, pois nada nos impediria de sairmos vitoriosos neste jogo.

E o final da partida acabou nos trazendo um benefício muito maior do que uma vitória com larga vantagem no marcador.

Ontem este time relembrou porque é chamado de time de guerreiros, resgatando a simbiose time/torcida.

E tudo isso, graças à expulsão do nosso lateral, inventada por Sandro Meira Ricci.

Dizem que João de Deus escreve certo por linhas tortas.

E esta santa expulsão parece ser o maior exemplo disso.

Abs,

Alan Petersen